22 de novembro de 2024
Geral

Festas de fim de ano: Como evitar conflitos e desentendimentos com parentes?

Psicóloga e professora da Universidade Cruzeiro do Sul explica as principais causas de desavenças familiares e como lidar com esse tipo de situação.

O fim de ano chegou e com ele vem os preparativos para as festas, que é quando as pessoas se reúnem com amigos, familiares e parentes para celebrar o Natal e o início de um novo ciclo. Nas celebrações, é onde o ser humano passa por momentos de afeto rodeado de pessoas que ele ama e confia. Porém, além da sensação de alegria, os encontros familiares durante esse período podem ocasionar brigas e desentendimentos. 

De acordo com a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, Regiane Ribeiro de Aquino Serralheiro, os conflitos fazem parte da nossa vida e conseguir geri-los é uma tarefa importante para a saúde mental. Mas afinal, por que as brigas aparecem quando estão todos reunidos? 

Após a pandemia, assinala Regiane, a sociedade ficou mais restrita e isolada, desde então, a população retoma aos poucos os encontros sociais. As divergências de ideias, que são saudáveis desde que haja empatia e respeito, são a principal causa desse tipo de situação. “Pensar no que será dito e como será dito é importante para não ser mal interpretado. Nossa comunicação é verbal e não-verbal: as expressões faciais, caras e bocas, gestos, também são observados durante a conversa. Alguns assuntos podem ser considerados difíceis para o grupo familiar, mas é sempre importante pensar o quão vale a pena levar a divergência adiante”, explica.  

Para a psicóloga, muitas vezes os conflitos ocorrem porque as pessoas não se permitem ouvir ou lidar com o diferente. “Nem sempre é apenas sobre evitar o conflito, pois estes fazem parte das relações, mas como e quando eles ocorrem, deve ser alvo de reflexão. As pessoas também devem estar atentas às atitudes hipócritas que podem ocorrer: se durante o ano todo a convivência foi difícil, dificilmente estarão de fora os conflitos, pois poderão existir mágoas e ressentimentos. Se o momento não for propício para o diálogo, talvez uma outra ocasião possa auxiliar”, sugere. 

No caso de quem já teve algum desentendimento ao longo do ano, a primeira pergunta deve ser se a pessoa quer reunir-se novamente, após uma discussão ou briga. Regiane salienta ser essencial pensar que o conflito tem dois lados, como laços afetivos têm duas pontas. A grande questão é se está pronto para o encontro e se é possível reparar o que ficou impactado e estremecido. “A possiblidade de reparação é importante, pois nos humaniza e humaniza o outro. Claro quando não se trata de algo que é intransponível”, lembra. 

Serralheiro afirma que pessoas muito rígidas, pouco flexíveis ou pouco abertas a experiências novas, e podem ter dificuldades em lidar com as mudanças. Sendo assim, o diálogo é sempre bem-vindo, mas é preciso que ambos os lados estejam dispostos.  

“As diferenças fazem parte do mundo, afinal de contas, que bom que há diferenças no jeito de pensar, agir e sentir. Podemos aprender muito com o outro e isso é muito rico. Respeitar as diferenças e ser empático, se colocando no lugar do próximo, é fundamental. Gentileza, educação e respeito são importantes em qualquer contexto. Reconhecer que existem pontos de vista diferentes traz muita riqueza para as relações, bem como desenvolver a capacidade de coexistir com pontos de vistas diversos. É importante saber que não é possível agradar todo mundo, nem todos irão nos agradar”, finaliza. 

Sobre a Universidade Cruzeiro do Sul – Há 50 anos atuando no ensino superior, a Universidade Cruzeiro do Sul possui alunos distribuídos em cursos de Graduação, Pós-graduação lato e stricto sensu, a distância e presencial, nos campi Anália Franco, Liberdade, São Miguel, Paulista, Santo Amaro, Guarulhos e Villa Lobos. É reconhecida por sua forte atuação na área social e pelo destaque em vários indicadores oficiais nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições acadêmicas.