23 de dezembro de 2024
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Clikando – O papel do político e a justiça nos subsídios

Por: Gabriel Bagliotti*

Há quatro anos, neste mesmo espaço, expressava minha visão sobre a polêmica aprovação dos subsídios dos cargos legislativos e executivos em Taquaritinga. Hoje, nos deparamos novamente com o tema, aqui quero deixar caro que mantenho a mesma posição. Acredito que, embora o aumento financeiro seja justificável, é essencial vinculá-lo a resultados concretos.

Em relação aos vereadores, avalio que seus compromissos não devem se limitar a votações em sessões e apresentação de indicações e requerimentos. Todos os edis, deveriam cumprir horários regulares de expediente e, mais importante ainda, estabelecer agendas proativas em busca de recursos para o município, interagindo com outros representantes em níveis estadual e federal. O trabalho deve ir além do “sim” ou “não” no plenário.

Quanto aos cargos mais elevados, como prefeito, vice-prefeito e secretários, o valor dos salários pode ser justificado ao se comparar com posições similares em grandes empresas. No entanto, para manter a justiça, é vital que a gestão e os resultados alcancem a altura das responsabilidades assumidas e não o que estamos observando nos últimos meses, com salários atrasados e fornecedores com o pires na mão.

Já o aspecto político do tema não pode ser ignorado. Vale lembrar que, regimentalmente, os novos salários só entrarão em vigor para os eleitos em 2024, que tomarão posse em 1 de janeiro de 2025. A responsabilidade, portanto, recai sobre nós, cidadãos e eleitores, ao escolhermos aqueles que serão os nossos representantes.

Se hoje há grande descontentamento com os representantes eleitos, é válido recordar que, quatro anos atrás, foi a população que depositou confiança em cada um deles. Agora, com os reajustes salariais, novos candidatos de diversas áreas certamente se apresentarão para o pleito. Fazendo o mesmo, ser um dos mais concorridos nos últimos anos. A escolha é nossa, e é hora de priorizar qualidades e competências, evitando negociações superficiais.

Não podemos nos contentar com promessas vazias ou favores momentâneos. A evolução e melhoria na escolha de nossos representantes começam com a rejeição de práticas ultrapassadas e a busca por líderes comprometidos com o bem-estar coletivo. Está em nossas mãos, eleitores de Taquaritinga, moldar o futuro político de nossa Cidade e buscarmos o bem coletivo e não apenas questões individuais.

*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor.