22 de dezembro de 2024
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Artigo: Hepatites virais matam 1,4 milhões de pessoas no mundo

Por: Arthur Micheloni*

As hepatites virais têm se mostrado um desafio crescente para a saúde global, com um impacto substancial na morbidade e mortalidade em todo o mundo.

Estima-se que aproximadamente 1,4 milhões de pessoas morram anualmente devido às complicações das hepatites virais, tornando-se imperativo entender e enfrentar essa ameaça de maneira abrangente.

As hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes vírus, incluindo os tipos A, B, C, D e E. Essas infecções podem ser agudas ou crônicas, e variam de intensidade, de uma condição passageira a uma ameaça persistente à saúde.

A hepatite A e E, geralmente transmitidas por água e alimentos contaminados, são normalmente agudas e de curta duração. Por outro lado, a hepatite B, C e D têm maior propensão a se tornarem crônicas, potencialmente levando a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.

A hepatite B e C, em particular, têm sido uma preocupação devido à sua natureza crônica e a facilidade de transmissão. O contato com sangue contaminado, compartilhamento de agulhas, relações sexuais desprotegidas e a transmissão de mãe para filho durante o parto são vias comuns de disseminação. A falta de conscientização sobre esses modos de transmissão e a falta de acesso a medidas de prevenção e tratamento são fatores que contribuem para a prevalência dessas hepatites.

Felizmente, muitos casos de hepatite viral podem ser prevenidos e tratados. A vacinação é uma ferramenta muito importante na prevenção da hepatite B, oferecendo uma boa proteção contra a infecção. Além disso, práticas de higiene, água potável e educação sobre medidas de precaução são fundamentais na prevenção da hepatite A e E.

Para as hepatites crônicas, os avanços na medicina têm permitido o desenvolvimento de terapias antivirais eficazes. O tratamento da hepatite C, por exemplo, passou por uma revolução nos últimos anos, com terapias de ação direta que alcançam altas taxas de cura. A rápida identificação da infecção e o acesso ao tratamento correto são cruciais para evitar complicações.

No entanto, inda existem desafios. A falta de conscientização sobre hepatites virais, especialmente em comunidades de baixa renda e em regiões com sistemas de saúde precários, continua a dificultar a prevenção e o tratamento adequado. O estigma em torno das hepatites virais também pode impedir as pessoas de buscar ajuda.

É fundamental que os esforços de saúde pública se concentrem na conscientização, prevenção e acesso ao tratamento. Campanhas de informação devem educar a população sobre as hepatites virais, seus modos de transmissão e medidas preventivas. Acesso a vacinas, testes de diagnóstico e tratamento é essencial para reduzir a carga das hepatites virais.

Mas se acalme, as hepatites virais resultam em um número alarmante de mortes a cada ano. Mesmo assim, por meio da conscientização, prevenção e acesso ao tratamento, podemos reduzir o impacto dessas infecções e trabalhar em direção a um futuro mais saudável e livre das hepatites virais. A colaboração entre governos, organizações de saúde e a sociedade em geral é essencial para enfrentar esse desafio complexo e salvar vidas.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa, Professor de Ciências e Biologia e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.