Presidente da Santa Casa questiona exclusão em reunião da Rede Cegonha e critica falta de convite para discussão sobre UTI Neonatal
Entidade de Saúde de Taquaritinga manifesta indignação após ser excluída de encontro sobre Saúde da Gestante e Saúde da Mulher no Município.
Na última sexta-feira (21), uma reunião promovida pela Rede Cegonha na Secretaria de Saúde de Taquaritinga (SP) para tratar de temas relacionados à Saúde da Gestante e à Saúde da Mulher no município causou polêmica e indignação. O encontro contou com a participação de médicos, enfermeiros, Secretária e Coordenadores da Saúde, mas a Santa Casa de Taquaritinga, uma das instituições de saúde mais importantes da região, não foi informada ou convidada para o evento.
A divulgação da reunião pelas redes sociais do prefeito Vanderlei Mársico e da página oficial do Município de Taquaritinga ganhou destaque pois o jornal O Defensor também noticiou o encontro em seu site oficial e nas redes sociais, aumentando o alcance das informações.
A surpresa e a indignação vieram à tona com o comentário feito pelo presidente da Santa Casa de Taquaritinga, Waldemar Peria, na página do jornal O Defensor. Em sua declaração, Peria afirmou que a Santa Casa tem tentado, sem sucesso, o credenciamento da UTI Neonatal na Rede Cegonha há mais de seis anos. O fato de a entidade não ter sido convidada para a reunião sobre saúde materna e feminina, mesmo sendo diretamente afetada por questões relacionadas à maternidade, gerou questionamentos sobre a transparência e inclusão no processo decisório.
Ao manifestar sua indignação, Peria ressaltou que tal exclusão representa um despropósito e desrespeito para com aqueles que necessitam dos serviços oferecidos pela Santa Casa. A entidade desempenha um papel crucial no atendimento à saúde da população local e merece ser incluída em discussões que impactam diretamente a prestação de serviços de saúde na região.
O episódio levanta importantes questões sobre a necessidade de uma comunicação mais efetiva e transparente entre as entidades de saúde e a administração pública, garantindo a participação de todas as partes envolvidas na tomada de decisões que afetam a comunidade. A falta de diálogo pode comprometer a eficiência dos serviços de saúde oferecidos à população e prejudicar aqueles que mais necessitam de cuidados.
A Santa Casa de Taquaritinga aguarda esclarecimentos por parte das autoridades responsáveis e espera que situações como essa sejam evitadas no futuro, visando o bem-estar e a saúde de todos os cidadãos do município. A inclusão de todas as instituições de saúde em debates e decisões é essencial para garantir a eficiência e qualidade dos serviços prestados à comunidade.
Esse é apenas mais um capítulo da desgastada relação entre Prefeitura e Santa Casa, vale destacar que na última semana a Santa Casa de Taquaritinga anunciou a suspensão temporária dos agendamentos de cirurgias eletivas. A medida foi tomada devido à falta de repasses por parte da Prefeitura de Taquaritinga, através do prefeito Vanderlei Mársico, em especial das verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras fontes de fomento, que vem se acumulando durante meses.
A suspensão dos agendamentos de cirurgias é um recurso adotado pela Santa Casa, que busca chamar a atenção das autoridades responsáveis pela falta de repasse dos recursos. Segundo a instituição, as verbas destinadas ao atendimento da população são depositadas em conta específica da Secretaria Municipal de Saúde e do Fundo Municipal de Saúde, mas acabam sendo retidas indevidamente.
Para se ter uma ideia na falha dos repasses, que somam mais de 2 milhões, está incluso uma verba Federal de 502 mil reais depositada na Conta da Prefeitura pelo Governo Federal no mês de Abril, verba está prevista em Portaria visando apoio financeiro às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do País.
Quem sofre com tudo isso é a população de Taquaritinga. Uma pena. O jornal O Defensor aguarda uma manifestação oficial por parte dos administradores municipais sobre ambas as questões envolvendo a Santa Casa.