Artigo: A influência dos EUA em nossa língua e sociedade
Por: Elaine T Assirati*
Há muito tempo, temos notado uma revolução gritante em nossa língua e sociedade. A influência avassaladora dos EUA é nítida na língua portuguesa, ao nos depararmos, cotidianamente, enquanto falamos, com inúmeras palavras e expressões oriundas da língua inglesa. O mesmo acontece com nossos hábitos culturais, desde os mais rotineiros até os mais sofisticados. No que concerne à língua, podemos citar uma infinidade de termos, de variadas áreas, que utilizamos para nos expressar, sem que haja qualquer receio de não sermos entendidos pelos nossos interlocutores, independente de sua competência linguística. Na culinária, por exemplo, é usual dizemos hot dog, hamburger, fast food, coffee, coffee break, drink, chips, ketchup, milkshake, freezer, etc. No vestuário, jeans, fashion, pullover, t-shirt, shorts, top, blaser, lycra, etc. Na informática, chip, backup, download, e-mail, racker, internet, link, login, mouse, notebook, on, off, online, pen drive, scanner, software, site, like, etc. No vocabulário geral, air bag, background, bike, botox, bullying, business, check in, check out, delivery, design, designer, diesel, drive-thru, fake, facebook, feedback, fitness, flash, freelance, funk, gospel, handball, hater, blog, hobby, kit, laser, light, look, marketing, match, merchandising, news, fake news, outdoor, outlet, popstar, reality show, relax, shopping center, show, slide, smartphone, spoiler, stress, ticket, topless, top model, video game, VIP, wokshop, zoom, etc. Relativamente aos nossos hábitos culturais, muitas das nossas rádios tocam diuturnamente músicas americanas; nossos filmes preferidos são os americanos; qual de nossas crianças não sonham em ir à Disney? Enfim, estamos impregnados de cultura americana, muitas vezes sem que nos apercebamos desta realidade. Fica no ar uma dúvida: será que um dia falaremos mandarim?
*Elaine T Assirati é Tradutora/Intérprete Inglês-Português e Bacharel em Letras pela Faculdade Ibero-Americana de São Paulo. Possui Extensão Universitária em Metodologia do Ensino do Inglês pela PUC São Paulo. Doutora em Linguística e Língua portuguesa pela UNESP CAr. Possui Teacher Training Course pela Internacional House London. Leciona no curso de Tecnologia em Produção Industrial na Fatec Taquaritinga.
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.