22 de dezembro de 2024
CidadeGeralPolítica

Deu o que falar: Solução para os problemas financeiros do Ipremt é discutida em audiência

Reunião aconteceu nas dependências do Cine São Pedro e reuniu pessoas interessadas no tema.

Uma importante audiência pública foi realizada pela Câmara Municipal de Taquaritinga, na quarta-feira (8), no Cine Teatro São Pedro. O objetivo foi informar a servidores públicos a real situação financeira do Ipremt (Instituto de Previdência do Servidor Público Municipal de Taquaritinga).

Aberta pelo presidente do Legislativo, Valcir Zacarias, a reunião foi conduzida pelo vereador Rodrigo De Pietro, que presidiu a comissão formada para tratar do tema, juntamente com os colegas Profa. Mirian Ponzio e Orides Previdelli Junior.

O primeiro a falar foi o consultor Thiago Fernandes, da empresa que fez o novo cálculo atuarial do instituto. Esse documento é um estudo em que se analisa o risco de uma empresa em determinado tempo. Assim como nas últimas versões do cálculo, o de 2023 não deu boas perspectivas.

O Ipremt hoje é o maior credor da Prefeitura, ente responsável por pagar a parte patronal e a que é descontada dos servidores, está atualmente em 14% dos vencimentos mensais. De acordo com Thiago, em dez anos essas duas contribuições juntas deverão somariam 81% para que o instituto tenha sua solvência garantida.

No entanto, a Prefeitura tem tido dificuldades para realizar as contribuições, hoje em patamar bem abaixo disso. O prefeito Vanderlei Mársico disse ter repassado nos últimos anos cerca de R$ 35 milhões ao regime previdenciário próprio, que vê seus investimentos no mercado financeiro serem reduzidos mês a mês.

Criado em 1998, o Ipremt não contou com aporte inicial, ou seja, já nasceu com problema de caixa. Em 2006, quase fechou, mas uma intervenção judicial deu um novo ânimo nas finanças, tendo o Executivo de cumprir com as obrigações junto ao instituto.

Se a manutenção do pagamento das aposentadorias e pensões está ficando cada dia mais difícil, encerrar as atividades do instituto também não seria fácil nem uma alternativa a ser considerada, de acordo com o atuário. As regras de transição para o regime geral, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) envolvem uma grande complexidade. “Ruim com ele, pior sem ele”, resumiu o prefeito.

Além dos vereadores que compuseram a comissão da audiência, também estiveram presentes Gilberto Junqueira, Eder Mineiro, Luís Carlos da Vila, Dr. Valmir Carrilho Marciano, Dr. Denis Machado e Tonhão da Borracharia.

A superintendente do Ipremt, Aparecida Luzia Girotto, participou do evento com a equipe de servidores. Também esteve presente a presidente do sindicato da categoria, Maria Angélica Tiossi Boer, com a assessoria jurídica da entidade. Diversos funcionários, ativos e inativos, acompanharam atentamente as falas dos todos os interessados.

De acordo com o vereador Rodrigo, embora algumas divergências tenham ocorrido durante as discussões, o objetivo da reunião foi tentar encontrar uma forma de tirar o Ipremt de uma possível situação de insolvência. Legislativo e Executivo caminham juntos para garantir os benefícios atuais e futuros pagos pelo Ipremt, que hoje tem uma folha de cerca de R$ 3 milhões mensais.