Artigo: Espondilite Anquilosante
Por: Arthur Micheloni*
A espondilite anquilosante é uma doença autoimune inflamatória que compromete principalmente vértebras e articulações, causando uma rigidez. É uma patologia multifatorial, ou seja, existem tanto fatores genéticos quanto ambientais para o desenvolvimento da doença.
Inicialmente os estudos indicavam ser uma doença que afetava mais o sexo masculino. Porém, hoje, apesar das mulheres receberem um diagnóstico tardio, isso mudou. O curioso é que vários estudos apresentam que metade das mulheres com essa espondiloartropatia vem, também, com o diagnóstico de fibromialgia.
Estudos relaciona a interação do antígeno HLA-B27, presente em muitos pacientes, com atuação importante na microbiota intestinal, o qual vem sendo apontado como o fator principal desencadeantes da doença. Até 70% das pessoas com espondilite anquilosante apresentam sintomas leves como disbiose, cólica e diarreia e até 10% podem desenvolver uma doença intestinal inflamatória grave, como Síndrome de Chron ou colite.
O diagnóstico da doença é essencialmente clínico realizado pela avaliação de um médico, preferencialmente um reumatologista.
Os sintomas da doença variam, de modo que a apresentação clínica pode ser muito diferente de um paciente para outro. Dentre os possíveis sintomas estão:
- Doença inflamatória intestinal
- Uveíte anterior (inflamação da camada média do globo ocular)
- Espondilite (inflamação de vértebras da coluna espinhal)
- Sacroileíte (inflamação das articulações do quadril)
- Psoríase
- Artrite oligo articular ou poliarticular (inflamação de articulações)
- Dor nas costas noturna
Trata-se de uma doença crônica sem uma cura até o momento, portanto é necessário o acompanhamento a longo prazo com o médico e a utilização de medicamentos dependendo do caso.
Nossa alimentação está relacionada diretamente com a microbiota intestinal e a imunidade. O açafrão-da-terra, o alho e o gengibre são muito utilizados na dieta desses pacientes.
De forma complementar aos tratamentos fisioterapêuticos convencionais, com o pensamento de potencializar os resultados e reduzir a inflamação, a dor e modular a microbiota intestinal, é utilizado para esse público substâncias como ômega 3, ativos como biointestil, biomamps, imunell, imuno TF, entre outros. Essas fórmulas são manipulações personalizadas individualmente conforme a anamnese de cada paciente.
* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.