16 de novembro de 2024
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Artigo: Escândalo e Literatura (O crime contemporâneo)

Por: Prof. Sérgio A. Sant’Anna*

À moda Drummond:

Tinha um Ministério no meio do caminho,

No meio do caminho tinha um Ministério,

E agora, Messias?

 

À moda Álvaro de Campos:

O dinheiro está em mim, já não me sou, mesmo sendo o que estava destinado a ser, nunca fui senão isto: um corrupto nas atitudes e para os Ministérios apenas ideias vãs…

 

À moda Rimbaud:

Desviei os recursos da Educação para os meus amigos com um desconforto moral. Era apenas um homem embebido pela ganância do Poder.

 

À moda Clarice Lispector:

Desviei os recursos destinados à Educação e senti o prazer terrível da traição ao povo brasileiro. Não a traição aos meus pares, estávamos juntos, mas ao secularismo estúpido que cega aos que nos elegem. Sinto-me ao mesmo tempo santo e vagabundo, mártir de uma causa e seu mais sujo servidor, ministro a ministro quando substituído.

 

À moda T.S. Eliot:

Que ministro é esse que se agarra a essa imundície pelancosa? Filhos da mãe! Não podem dizer! Nem mesmo estimam o mal porque conhecem não mais do que um tanto de ideias fraturadas, batidas pelo tempo. E as verdades mortas já não mais os obrigam nem consolam.

 

À moda Paulinho da Viola:

Recursos da Educação na mão é vendaval…

 

À moda Shakespeare:

Minha reeleição por recursos desviados!

À moda Neruda:

Milhões como recursos desviados e um presidente desesperado.

 

À moda Sócrates:

Milton Ribeiro? Só sei que nada sei…

 

Um Haicai:

Recursos desviados

Primavera de ideologia

Do vil ministro.

 

À moda John Piper

É impressionante como muitas pessoas se consideram cristãs, mas não consultam a Cristo ao fazer escolhas. (Diálogo entre Milton Ribeiro e o presidente da República)

 

À moda banda Jovem Dionisio

Não sei mais pra onde ir
Já que a noite foi…

Acorda, Ministro!
Que hoje tem desvio na Educação.

 

*Prof. Sergio A. Sant’Anna – Professor de Redação nas Redes Adventista e COC em SC e jornalista.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.