23 de dezembro de 2024
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Artigo: O consumo inadequado de carnes processadas

Por: Arthur Micheloni*

As carnes processadas são carnes modificadas com a finalidade de alterar o sabor e/ou aumentar o tempo de armazenamento, entre essas modificações estão a defumação, adição de sal e conservantes, secagem, fermentação e algumas outras.

A IARC (Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer) rotula os tipos de carnes processadas como alimentos carcinogênicos (que podem causar câncer), para via de comparação, é a mesma classificação do tabaco.

A OMS se baseia em evidências para classificar o potencial cancerígeno do alimento, no caso das carnes, existem trabalhos que provam que esses alimentos apresentam relação direta com o câncer, sendo assim, as carnes processadas foram classificadas no grupo 1, assim como o tabaco. Porém, mesmo sendo classificada no mesmo grupo, não indica que as carnes processadas possuem o mesmo poder cancerígeno, apesar dos dois produtos estarem relacionados com a doença, o tabagismo é mais perigoso, pois causa câncer com maior frequência.

É interessante destacar que carnes vermelhas também recebem um alerta, de acordo com a OMS, elas foram classificadas em um grupo de menor risco, consideradas como 2A, alimentos provavelmente cancerígenos para humanos. Essa classificação deve-se ao fato de existirem poucos estudos conclusivos sobre o caso.

Sendo mais específico, a carne processada aumenta os índices de câncer colo retal, que atinge o colón, reto ou canal anal. Porém, também aumentam o risco de câncer de estômago.

Apesar de cancerígena, pode ser ingerida, desde que em uma pequena quantidade. Sabemos que 50 gramas de carne processada por dia são responsáveis por um aumento de 18% de risco de desenvolvimento de câncer. Ainda, segundo a OMS, 34 mil pessoas morrem todo ano em virtude de problemas relacionados com esse tipo de alimento.

Devemos salientar que, para evitar esses tipos de câncer, deve-se realizar, entre outras medidas, uma alimentação balanceada, aumentando o consumo de verduras, frutas, legumes e cereais.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.