22 de dezembro de 2024
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Artigo: São as águas de março…

Por: Dr. Luiz Roberto Vasconcellos Boselli*

E começa a enxurrada de promessas vãs, hipócritas, habituais e corriqueiras em ano eleitoral. E outra enxurrada de “bondosas” propostas: aumento salarial aqui e doação de materiais acolá. Promessas de importantes obras. Quem não se lembra da promessa de “revogar a lei da gravidade”. Mas, a bola política da vez, é a Federação de Partidos, a salvação dos partidos nanicos – para não perder a “bocona” do milionário Fundo Partidário.

Como sempre, a corja política, atuou para a autopreservação do espécime: politicuns corrupitosossalafrariuns. “Prometo construir um túmulo para cada concidadão, até o final do meu mandato cada concidadão terá o seu túmulo”. “seo dotô, nóis não sabemo quem é esse concidadão, mas a verdade é que aqui não temo nem cimitério, os mortos são levados e enterrados no cimitério da Vila Adiante, qui fica lá na frente, e aqui nem tem porque, porque aqui nem mora tanta gente”. “O que nóis que é água que jorra nos canos e não mais água de caminhão pipa”. “Mas, meu amado povo, desta adorada quase cidade, eu pago e mando o caminhão pipa e dou de presente, é um presente para vocês, água fresca, abundante e de graça!”.

Contudo, sabemos que longe estamos de um parlamento que sirva plenamente ao povaréu. As chuvas continuam a derreter encostas e suas residências presentes nestes tipos de terrenos. Sabemos que recursos encheram as burras de políticos, destas comunidades.

Vamos usar como exemplo as cidades que vivenciaram tragédias pluviais, neste verão: geralmente recursos econômicos chegam aos município, para obras de infraestrutura – 1) foram aplicados em barreiras de encostas e morros: modus operantis, no contrato consta valores  referentes a utilização de materiais de primeira qualidade, porém, nas obras são usados materiais inferior qualidade; 2) foram aplicados em blocos de apartamento, para famílias transferidas de áreas de risco: modus operantis, no contrato consta valores referentes a utilização de materiais de primeira qualidade, porém, nas obras são utilizados materiais de inferior qualidade.

Se, a maioria, dos políticos fossem éticos, sérios e comprometidos, revogavam a fome, a miséria e a carestia generalizada. Seriamente investiriam em uma verdadeira educação transformadora. Principalmente uma educação que proporcionasse um saber e uma consciência de não mais acreditar em falácias políticas.

Uma Educação que desperte a curiosidade, que leva a motivação que leva a aquisição e a consolidação do conhecimento. Entretanto, evidente antítese é defendida, por grande parte da elite brasileira, que as novas gerações se formem tão e somente em nível técnico. Haja visto o crescente número de Escolas Técnicas, nos últimos tempos. E no nível técnico de conhecimento permaneçam, e nesse nível técnico fiquem e, se possível, seja reproduzido por inúmeras gerações familiares.

O ensino médio, que está sofrendo novas alterações, é um exemplo claro de que permanecendo os velhos e retrógados dogmas psicossociais/educacionais e seu ranço político, a proposta fatalmente naufragará. Acreditar que, um dia, este panorama educacional possa ser verdadeiramente alterado, dirão que é se fiar em quimeras. São os sonhos que transformam a realidade concreta! E mais uma vez, assistimos outra patacoada eleitoreira da aberração política e devastador mandatório mor, querendo “posar de estadista”, realizou duas visitas internacionais, uma pior que a outra.

A pior, sem sombra de dúvidas, foi na Hungria. Onde, ao chamar um dos ícones do autoritarismo descarado de “irmão” e, citando o lema integralista e fascista, apontou a congruência nos retrógrados pensares políticos e psicossociais de ambos. “Passeio propagandístico para os seus toscos asseclas”. E a coisa ficou “russa” e a aberração política e devastadora – mandatário mor, “tucanou”, ficando no seu muro político, não condenou a invasão da Ucrânia, pelas forças militares russas. Desautorizou a fala de seu vice, que condenou a ação militar, em entrevista a jornalistas. Entretanto, meio que foi chamado “na chincha” por vários embaixadores que avocaram um posicionamento, com clareza, acerca da negação da ação militar russa contra a Ucrânia. Conseguiram que o representante do Brasil, no Conselho de Segurança da ONU, votasse a favor da resolução que condenava a ação militar.

A ação militar russa, é assaz condenável, em todos os sentidos, porque além de invadir um país soberano e independente, é anacrônica, desumana e temerária para outros países, desta área geográfica, de serem as próximas vítimas do sanguinário mandatário mor russo. Uma imagem emblemática, que revela concretamente o que o sanguinário mandatário mor russo quer fazer com a cultura política de alguns destes países: imagem de um tanque de guerra que passa por cima de um carro de passeio, esmagando-o.

O sanguinário comandante mor russo afirmou que todo o arsenal atômico está em alerta. Me desculpem, sou brasileiro, mas, se vier acontecer, até o corona morre. A China fez, a mesma coisa, com o Tibete. O Estados Unidos fez, a mesma coisa, com o Iraque. Em uma guerra quem ganha é quem fabrica arma e os ricos ficam mais ricos, e toda a conta quem paga é o povaréu.

VACINA SIM! – VACINA SEMPRE!

*Dr. Luiz Roberto Vasconcellos Boselli é docente da Unesp/Marília –  [email protected]

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.