Artigo: (IN) TOLERÂNCIA
Por: Dr. Luiz Roberto Vasconcellos Boselli*
No convívio social, tolerância, é considerada uma sublime virtude. Vem do latim tolerantia – verbo tolerare (suportar). Tem como significado: suportar ou admitir modos de pensar, falar ou agir diferentes dos nossos. Aceitar que outros tenham o direito de pensar e se manifestar diferente do nosso é, sobretudo, uma atitude de respeito, mas não de aceitação ou adesão. Obviamente, comunidades onde predomina o pensamento e sentimento tolerante, tem como dinâmica social, uma convivência mais harmônica e pacifica, predominando valores de respeito humano e de todas as diferenças que fogem das dogmáticas e preconceituosas tipificações, de todas as ordens e, existem pessoas que, pretensamente entendem, que estas arcaicas concepções, ainda são hegemônicas. Ser tolerante, em relação a qualquer opção pessoal ou política do outro, é ser uma pessoa/cidadã em estado de espiritualidade embevecido do bem e de uma verdadeira harmonia no viver social. Este estado de espírito é passível a quem queira ser uma pessoa tolerante, pois reconhece e respeita toda e qualquer opção do outro em seu pleno exercício de um cidadão e ou de uma cidadã viventes em sua comunidade, usufruindo a plenitude de seus direitos civis.
Para ser uma pessoa tolerante não necessita ser um espírito superior. Para se tornar uma pessoa tolerante basta estar com o espírito livre e estar aberto a um processo civilizatório no qual predomina os valores humanistas. Sabemos que a pessoa que é tolerante, mormente o é, por ser oriundo de famílias, que parcialmente ou totalmente nas quais a criança convive com familiares, que aos olhos dos petizes os percebem como modelos do bem, ou seja, pessoas adeptas dos valores humanísticos e também tolerantes na relação com a petizada. Podemos ser tolerantes com as pessoas que não querem tomar a vacina contra o COVID-19, ou pessoas que não voltam para tomar segunda dose? Não necessariamente somos coniventes com tais atitudes. Mas, podemos ponderar, que a maioria deste grupo de compatriotas, não deve usar muletas ou qualquer outro tipo de aparelho, pois é simples: certamente os seus pais, cônscios da responsabilidade que pai e mãe tem, os levaram para tomar a vacina das três gotinhas que os livrou de serem vítimas da poliomielite. Então (um): crianças que tomam a vacina das gotinhas em três doses: não tem uma vida infortunada por ser acometida pela poliomielite. Então (dois), você que está tendo uma postura negacionista e não quer tomar a segunda dose ou até mesmo a vacina, está cometendo uma séria falta de civilidade e senso comunitário, mostrando uma postura pífia, enquanto ser humano social. Sempre há tempo de reconhecer quando o messias é falacioso! Preserve as suas vidas e contribuam efetivamente para as existências concretas das pessoas de se convívio.
Que a situação de viventes deles permanece imutável. Tolerar não significa ser conivente. Por outro lado, temos pessoas que são intolerantes, parcial ou totalmente, durante a sua crônica pessoal de vida e a sua convivência social. A pessoa que é intolerante (sempre), é um ser humano que convive no mundo com um comportamento hostil e geralmente revela uma postura ameaçadora, tendo como ideologia a pseudofilosofia da supremacia branca e que, é conhecida no meio popular como: “uma pessoa de mal com a vida”! O embusteiro e golpista mandatário mor, mais uma vez nos envergonhou, mostrando o seu isolamento político na reunião do G20 (e se o mundo está assim, é porque a ganância humana o deixou assim).
Nunca tivemos um mandatário mor que tenha vivenciado qualquer tipo de isolamento político, nacionalmente ou internacionalmente. Mais uma vez o fiasco esteve presente, em evento internacional, com a comitiva do embusteiro e golpista o mandatário mor. E mais uma vez o mundo viu o embusteiro e golpista mandatário mor brasileiro completamente sem substância internacional e sem reconhecimento político, além de não ter tutano e nem traquejo para alterar a situação. Além deste vexame político, o embusteiro e golpista mandatário mor, através de seus asseclas de segurança, mostrou mais vez a sua intolerância em relação a imprensa, que apenas tentavam realizar o seu trabalho, e mais uma vez teve profissionais que foram agredidos fisicamente.
Todavia, “no frigir dos ovos”, não, não, o ovo está caro! Vamos outro então, “no contar das pedras”, foi até benéfico, para o nosso país, a ausência do embusteiro e golpista mandante mor, pois o grupo oficial que lá ficou participando assinou compromissos referentes a diminuição da emissão de gases e cooperação com o combate ao desmatamento – temática que este Governo lidou desta maneira – “deixou passar as boiadas”.
VACINA SIM! VACINA SEMPRE!
*Dr. Luiz Roberto Vasconcellos Boselli é docente da Unesp/Marília – [email protected]
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.