Psiquiatra da Unimed pontua a importância do acompanhamento médico na prevenção ao suicídio
Confira as ponderações do Dr. João Luiz Cecchetto em nosso último capítulo do especial Setembro Amarelo.
Engana-se quem pensa que a prevenção e atenção às pessoas com problemas de saúde mental é um papel, apenas, de amigos e familiares. Logicamente que esse apoio e monitoramento são de suma importância, porém o assunto é complexo e profundo.
Para o seu enfretamento, é necessário desenvolver uma rede auxílio, que entra na esfera profissional. Logo, além do acompanhamento psicológico, o psiquiatra é uma peça chave no acolhimento de pacientes com tendências ou pensamentos suicidas.
Segundo o psiquiatra Dr. Joao Luiz Cecchetto (foto), da Unimed Araraquara, o médico especializado possui o conhecimento adequado para identificar os fenômenos que podem desencadear esse comportamento.
Algumas perguntas são relevantes para ligar um sinal de alerta, tais como: ‘Você sente prazer nas coisas que faz?; ‘Você se sente útil na vida?; ‘Tem esperança que a vida vai mudar?; ‘Já pensou em tirar a sua vida’?”Possuímos o domínio sobre métodos eficazes para o diagnóstico e tratamento de forma segura”, completa neste segundo e último capítulo do Setembro Amarelo da Unimed.
Alguns dos gatilhos psiquiátricos mais corriqueiros são: depressão, alcoolismo, drogadição, esquizofrenia, síndrome orgânica cerebrais, transtorno de personalidade, doenças físicas impactantes ou terminais, além do porte de armas de fogo ou brancas. Os psicológicos são: perda recente, problemas interpessoais, instabilidade familiar, impulsividade, agressividade, entre outros.
Esse olhar clínico determina se o indivíduo deve permanecer sob vigilância constante, ou que será necessária a adoção de outras medidas que garantam sua própria segurança. “Antever novas tentativas pode atuar de forma preventiva e não apenas reativa ao problema”, comenta.
Em termos globais, a mortalidade por suicídio aumentou 60% nos últimos 45 anos. Segundo o especialista, os coeficientes mudaram da faixa mais idosa para a jovem, com maior incidência entre homens de 15 a 39 anos. “Temos que ficar atento, também, às crianças a partir do momento que as mesmas passam a verbalizar o assunto. Procure sempre ajuda”, finaliza o Dr. Joao Luiz Cecchetto.