19 de novembro de 2024
GeralSaúde

Determinação e acompanhamento médico são essenciais na luta contra o tabagismo

Este é o recado do Dr. Wagner Paschoalino, pneumologista da Unimed Araraquara, neste Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08).

Não é de hoje que os órgãos de saúde relatam os danos físicos e psicológicos do cigarro à saúde do ser humano. Embora a maioria dos fumantes já tenha enfrentado algum problema em função dele, dar um basta neste hábito é uma tarefa extremamente difícil, cujo sucesso depende de uma série de esforços, pois o padrão de consumo deste vício é típico de uma droga que produz sujeição.

Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08), o Dr. Wagner Paschoalino (foto), pneumologista da Unimed Araraquara, pontua que o primeiro passo a ser avaliado quando algum paciente decide lutar contra o tabagismo é o seu estado psicológico. “Nenhuma ação adiantará se a pessoa não estiver decidida a entrar nesta batalha”, comenta.

A próxima etapa é a intervenção de um especialista que, a princípio, vai definir o grau de dependência, cujo resultado vai do baixo até o altamente compulsivo. “Esta análise é feita a partir de quanto tempo a pessoa demora em acender o primeiro cigarro quando acorda, bem como quantos ela consome ao dia”, explica o médico.

Como auxílio, após a avaliação, pode ser receitado um repositor de nicotina, seja ele em formato de comprimido, gomas de mascar ou adesivos. Podendo também ser associado, a estes, ansiolíticos e antidepressivos. O uso de medicamentos possui um papel importante, mas, em paralelo a isso, a conversa e o apoio emocional também precisam ser intensificados, afinal, o paciente poder ter uma recaída a qualquer momento.

“Por isso, eu recomendo, sempre, um retorno ao consultório após 20 dias para uma nova avaliação. Em alguns casos, a pessoa inicia o tratamento ainda fumando e vai reduzindo, aos poucos. Tudo isso junto ao uso de medicamentos”, revela.

Em recente pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 22 milhões de pessoas ainda fumam, no Brasil. Segundo o Dr. Wagner Paschoalino, as mulheres, por conta de seu organismo e sua predisposição maior à depressão, sofrem mais para abandonar o fumo.

“Outra orientação é quebrar a rotina do cigarro, mudando os locais que remetam a ele. Troque o horário do primeiro café, do suco após o almoço, da cerveja. Tenha determinação e busque ajuda. Você consegue”, finaliza o pneumologista.