Artigo: A doença do envelhecimento que se inicia na infância
Por: Arthur Micheloni*
A Osteoporose é uma doença em que a degradação estrutural e a diminuição da densidade mineral dos ossos aumentam o risco de fraturas ósseas.
Segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), a osteoporose afeta cerca de 10 milhões de pessoas em nosso país. E segundo a Americas Health Foundation (AHF), 33% das mulheres brasileiras com mais de 50 anos têm a patologia.
Osteoporose é uma enfermidade conhecida por muitos, porém ainda é pouco diagnosticada e normalmente tratada tardiamente, na maioria dos casos é tratada apenas quando o paciente já sofreu alguma fratura.
E você sabia que ser mulher já é considerado um fator de risco? Em cada cinco pacientes com osteoporose, quatro são mulheres e apenas um, homem. Isso porque o estrogênio é o hormônio que auxilia no equilíbrio da saúde dos ossos nas mulheres. Após a menopausa, os níveis desse hormônio diminuem, deixando as estruturas mais frágeis.
A doença não costuma apresentar sintomas, geralmente quando surgem estão associados a fraturas. Em alguns casos, elas podem ocorrer com um trauma mínimo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose por ano em nosso país.
Geralmente a patologia é diagnosticada a partir de exames físicos e clínicos, podendo ser solicitados exames laboratoriais e de imagem, sendo o mais comum a densitometria óssea, exame esse, essencial para um diagnóstico precoce.
Está bem, já sabemos muito sobre essa patologia, mas e o tratamento?
Como todos já sabem, ser mais saudável traz longevidade e uma vida cheia de benefícios ao nosso corpo e mente. Sendo assim, o tratamento se inicia com mudanças no estilo de vida, principalmente fugindo do sedentarismo (especialmente mulheres pós-menopausa) e com indicação de suplementos e medicamentos.
Sabemos que a patologia não tem cura, mas uma alimentação saudável com aumento da ingestão de cálcio e vitamina D, com a prática regular de exercícios, realizando fortalecimento muscular, evitando o tabaco e a ingestão de bebidas alcoólicas se torna essencial para evitar a degradação óssea causada pela osteoporose.
O objetivo é estimular a produção ou diminuir a perda de massa óssea.
O tratamento deve ser multiprofissional, ou seja, o ideal é ter um acompanhamento por um conjunto de profissionais, sendo eles, nutricionista ou nutrólogo, ginecologista, endocrinologista, educador físico, fisioterapeuta, ortopedista e até um cardiologista ou médico do esporte para avaliar as condições para atividades físicas.
*Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia e pós-graduando em Ortomolecular, estudioso e adepto da Medicina Integrativa.
**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!