22 de novembro de 2024
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Politicando – E lá se foi o Cartão Alimentação da Prefeitura

Por: Léo Oliverio*

E lá se foi o Cartão Alimentação da Prefeitura

Era de se esperar. Uma empresa pouco conhecida (até aqui sem desmerecê-la por isso) ganhou a licitação da prefeitura e passou a ser a responsável pela operação do Cartão Alimentação dos servidores.

Ao credenciar estabelecimentos, TAXAS ALTÍSSIMAS são propostas aos comerciantes. Indignados, muitos relutam em aceitar. Com o tempo (e pedidos de todos os lados) alguns cedem. Nos termos desse tipo de repasse, o servidor passa o cartão e instantaneamente o valor sai do seu crédito. Já o estabelecimento recebe – no geral – após 30 dias corridos.

Ocorre que nos últimos meses a empresa simplesmente deixou de repassar o valor aos estabelecimentos. Ou seja, você opera 30 dias esperando um valor que do dia pra noite simplesmente não chega. Obviamente os estabelecimentos, ao perceberem o problema, deixaram de aceitar o cartão. E quem acaba prejudicado? Os servidores, óbvio.

E tudo isso por um simples motivo: FALTA DE PLANEJAMENTO. A prefeitura, incompetente em alguns de seus atos, não incluiu mecanismos na licitação que impedissem a cobrança de taxas excessivamente altas aos estabelecimentos credenciados e outros mecanismos que pudessem impedir a vinda de pequenas empresas muitas vezes sem peso financeiro para arcar com suas operações.

E agora, via lei aprovada na Câmara Municipal, o executivo passa a pagar o benefício em pecúnio, ou seja, em dinheiro, diretamente na C/C do servidor. Nos resta saber se isso tem base legal (ou seja, se não será alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em breve) e se o servidor não terá o benefício consumido pelas taxas e demais artifícios bancários. Tomara que o trabalhador não saia prejudicado MAIS UMA VEZ.

E o SAAET perdeu a pressão

Sem falso trocadilho, recebi de diversos moradores a queixa de que os bairros Laranjeiras III e IV estão sofrendo com falta d’água e, quando chega, vem com baixa pressão. Isso não é recente. Existem relatos desde (pelo menos) 2019, quando houve a interligação da rede entre os bairros.

Busquei nas últimas semanas contato com pessoal técnico e especializado para entender o que pode estar ocorrendo. Os retornos são os mais diversos: de que não sabiam da questão, testes e verificações no poço do Laranjeiras IV (que nunca é colocado pra funcionar em definitivo) e problemas com o fornecimento de energia.

De qualquer modo ficaram de verificar e buscar soluções. O que realmente se sabe é que o preço está alto e a qualidade do fornecimento não segue a altura que se espera. Os consumidores aguardam soluções!

Léo Oliverio é empresário, formado em Processamento de Dados pela FATEC Taquaritinga e Gestão Pública pela UNIVESP. Atualmente cursa graduação em Direito.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!