22 de novembro de 2024
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Pediatra da Unimed afirma: ‘Após os seis meses, amamentação pode ter o reforço alimentar de frutas e papas’

Reportagem final do especial sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) da Unimed Araraquara ouve o Dr. Ramiro José Correia sobre as novas possibilidades de nutrição de acordo com o desenvolvimento da criança.

Nas duas reportagens anteriores do especial sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) da Unimed Araraquara, a Dra. Regina Furtado e o Dr. Jacinto Gonçalves da Silva afirmaram que a amamentação exclusiva com o alimento, até os seis meses de vida, é de vital importância para o desenvolvimento do bebê, prevendo, inclusive, problemas de saúde futuros. Toda essa fase deve ser acompanhada por um médico.

Mas e depois deste período? Neste último fragmento da série, o pediatra Dr. Ramiro José Correia salienta que a introdução de novos alimentos deve levar em consideração a maturidade fisiológica e neuromuscular da criança e as necessidades nutricionais.  Por exemplo: até os quatro meses de idade,o bebê ainda não atingiu o desenvolvimento necessário para receber alimentos sólidos.

“Apesar do reflexo de protrusão (que faz com que o bebê jogue para fora tudo que é colocado em sua boca) estar desaparecendo, a criança ainda não senta sem apoio e não obtém o controle neuromuscular da cabeça e do pescoço para mostrar desinteresse ou saciedade, afastando a cabeça ou jogando-a para trás. Portanto, em função dessas limitações funcionais, nessa fase, ela está preparada para receber, basicamente, refeição líquida, preferencialmente, o leite materno”, comenta.

Por volta dos seis meses de vida, o grau de tolerância gastrointestinal e a capacidade de absorção de nutrientes atingem um nível satisfatório e, por sua vez, o nenê vai se adaptando, fisicamente e fisiologicamente, para uma alimentação mais variada quanto a consistência e textura. Mas vale pontuar que, dos  seis aos 12 meses, o leite materno pode contribuir com, aproximadamente, metade da energia requerida nessa faixa etária e 1/3 da energia necessária no período de 12 a 24 meses.

“Com meio ano de existência, a criança amamentada deve receber três refeições ao dia (duas papas de fruta e uma papa salgada/comida de panela). Após completar sete meses de vida, respeitando-se a evolução, é a vez da segunda papa salgada/comida de panela (arroz, feijão, carne, legumes e verduras). Entre os seis aos 12 meses de vida, cria-se a necessidade de adaptação aos novos sabores, texturas e consistências diferentes do leite materno”, explica o pediatra.

Com 12 meses a criança já deve receber, no mínimo, cinco refeições ao dia. “Embora a amamentação deva continuar em livre demanda após os seis meses de vida, é possível estabelecer um esquema para a administração da alimentação complementar, de forma a aproximar, gradativamente, os horários da criança aos da família. Faça tudo isso com o acompanhamento de um especialista”, finaliza o Dr. Ramiro.