21 de dezembro de 2024
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Gastro-hepatologista da Unimed Araraquara ajuda a compreender os perigos das hepatites virais

Neste Dia Mundial de Luta Contra a essas doenças, o Dr. Eduardo Charbel Honain reforça a importância do diagnóstico precoce para evitar complicações como cirrose e câncer.

Inflamação do fígado que pode evoluir e causar danos mais graves ao órgão, como cirrose ou câncer, a hepatite, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete mais de 400 milhões de pessoas no mundo com os seus  vírus B e C, número 10 vezes maior que o dos portadores do HIV.

Neste Dia Mundial de Luta Contra As Hepatites Virais (28/07), data representativa dentro do julho amarelo, o Dr. Eduardo Charbel Honain, gastro-hepatologista da Unimed Araraquara, explica que, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E- este último é mais comum na África e na Ásia.

“São doenças silenciosas que, geralmente, não apresentam sintomas no fígado até que atinjam maior gravidade. Por isso a importância dos testes de sangue, bem como a vacinação (hepatites A e B), disponíveis no Brasil”, explica.

Segundo o especialista, as transmissões ocorrem pelo contágio fecal-oral ou pela transmissão sanguínea – esta ocorre de várias formas, como da mãe para o filho, sexo desprotegido e compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam.

A atenção ao fazer tatuagens também é pontuada pelo médico, além do uso de cocaína intranasal ou endovenosa compartilhadas, sendo essas duas últimas as principais vias de transmissão da Hepatite C nos dias de hoje.

“As hepatites por vírus A são freqüentes em crianças e adolescentes e o tipo C em adultos e só percebida quando já evoluiu para doença crônica. O tipo B também é comum, mas com a universalização da vacina, é possível evitar o contágio em praticamente 100% dos casos. As variações B e C podem evoluir para cirrose e câncer do fígado”, comenta.

TESTES RÁPIDOS

Para evitar o avanço das doenças hepáticas, o Dr. Eduardo Charbel Honain, reforça a importância do diagnóstico precoce. Para ele, é imprescindível que as pessoas com maior exposição aos riscos de contaminação, e maiores de 40 anos, façam a testagem, periodicamente.

“Hoje, qualquer unidade de saúde tem à disposição kits para testes rápidos. O resultado sai em 30 minutos e a coleta de sangue é feita a partir de uma pequena picada no dedo. Caso a pessoa preferir, pode fazer o exame laboratorial”, finaliza.

SUGESTÃO DE QUADRO

Previna-se, vacine-se, faça o teste!

Prevenção:
– Higienizar muito bem os alimentos.
– Lavar bem as mãos, especialmente após usar o banheiro e antes das refeições ou preparo dos alimentos.
– Não compartilhar escovas de dentes.
– Usar preservativo.
– Não compartilhar lâminas de barbear, alicates, agulhas ou outros objetos cortantes ou perfurantes.
– Fazer testes de sangue esporadicamente.
– Vacinar-se (hepatites A e B).

Sintomas:

A doença muitas vezes é assintomática, ou os sintomas não chamam a atenção. Quando se manifestam, são parecidos para todos os vírus:
– Náuseas, Vômitos, Mal-estar e fadiga, Febre
– Perda de apetite, Dores abdominais, Urina escura.
– Fezes claras, Icterícia (cor amarelada na pele).
– Barrida d’água e confusão mental (hepatite C, no estágio mais avançado).