Secretário da Saúde responde questionamento de vereadores na sessão da Câmara de Taquaritinga (SP)
Durante a última sessão da Câmara Municipal de Taquaritinga, realizada na segunda-feira (14) e transmitida pelas redes sociais, o Secretário da Saúde de Taquaritinga, José Fonseca Neto, que foi convocado pelos vereadores na semana anterior para prestar esclarecimentos sobre a situação da Covid-19 na cidade, respondeu os questionamento feito pelo legislativo.
O primeiro vereador que indagou o secretário foi o popularmente conhecido Tonhão da borracharia, que citou uma praça em que, segundo ele, havia mais de 300 pessoas, sem máscara, sem distanciamento social. Ele questionou qual providência a ser tomada?
Fonseca respondeu dizendo que “o vereador tem toda razão, a praça é uma aglomeração, é um problema sério para nós. A Praça Portugal, Guilherme Franco, eu dei uma sugestão para o prefeito, em que ela fosse toda fechada e deixasse apenas uma entrada com monitoria 24 horas”.
O secretário comentou também que “as pessoas estão invadindo escolas para jogar futebol, então, estamos tirando todas as traves das praças da cidade. A semana passada estávamos em Guariroba tentando acabar com uma festa de casamento com 100 pessoas. As pessoas combinam os eventos e avisam o local em que acontecerá somente com trinta minutos de antecedência. Infelizmente não temos força para acabar com as aglomerações em praças. Outra preocupação nossa é a festa particular, não temos como entrar nas residências para fazer com que elas não aconteçam. Todas as cidades têm passado pelo mesmo problema com as praças”.
Daniel Galerani questionou se as pessoas que tinham o direito de tomar a vacina e não tomaram quando estava previsto se há a possibilidade de tomar. Fonseca disse que nenhum grupo foi fechado, por exemplo, as pessoas de 60 anos que não foram vacinadas ainda, podem receber as doses a qualquer momento, basta ir ao centro de vacinação.
“Vacinamos todos os profissionais de educação física, apenas as pessoas que não estavam com o conselho ativo. Após a vacinação desse público-alvo, começaram a surgir muitas pessoas dizendo que estavam com o conselho ativo e então, começou a ser exigido vínculo empregatício”, declarou Fonseca.
Denis Machado indagou sobre o fato de a cidade receber algum valor quando acontece algum óbito no município. O secretário disse que tem conhecimento sobre o valor recebido quando um leito está ocupado, mas quanto a verba quando a cidade registra um óbito, ele disse não ter conhecimento.
Eder Mineiro comentou que a cidade de Monte Alto tem feito lockdown aos finais de semana, então, perguntou se havia alguma providência sendo tomada para que essas pessoas não venham para Taquaritinga. José Fonseca disse que “há orientações de estudos que se o fechamento não for entre 15 e 21 dias, não há uma melhora nos números da pandemia. Chegamos a pensar em fechar o comércio por dois ou três dias, mas isso não resolve. O que vamos intensificar mais ainda é a busca ativa por casos de Covid”.
Rodrigo De Pietro disse que somente em 2021, em cerca de cinco meses, a cidade ultrapassou 120 mortes, então, questionou se houve alguma possibilidade de lockdown na cidade. O secretário disse que “tivemos um parcial e não tivemos resultados positivos com essa ação. Chegamos a falar em fazer lockdown em diversas vezes, inclusive em reuniões de prefeitos, onde parte dos prefeitos queriam fazer e outra parte não. Somos a favor de fiscalizar, seguir protocolos e isolar quem precisa isolar”.
Luciano Azevedo elogiou o trabalho da saúde do município e aproveitou a oportunidade para questionar a quantidade equipamentos existentes na UPA. Ele respondeu dizendo que são dois aparelhos na urgência e emergência e quatro aparelhos na ala vermelha do Covid-19.
Mauro Modesto comentou que uma pessoa testou positivo e trabalha em uma fazenda. O vereador solicitou que a secretaria da saúde vá até o local em que essa pessoa que testou positivo, pois ela vai no mesmo transporte em que os outros funcionários, e se há a possibilidade em fazer os testes em todos os funcionários do local. O secretário solicitou que ele entre em contato com ele no dia seguinte para conversarem sobre esse caso.
Mirian Ponzio indagou se existe a participação de um médico infectologista no combate à pandemia e ele disse que há o Dr. Daniel, que atende dois dias por semana. “Ele reside em Jau e está com uma situação muito mais complicada que a nossa”, acrescentou Fonseca.