8 de novembro de 2024
EconomiaGeral

Economia brasileira pode crescer 5% em 2021, diz economista do Banco Ourinvest

“Economia brasileira pode crescer 5% em 2021”, afirmou a economista chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Segundo ela, a economia brasileira se enquadra dentro do que ela classifica de ‘surreal’ dado que as economias centrais, especialmente a norte-americana, começam a se deslanchar enquanto a do Brasil ainda se encontra com algumas questões abertas.

Fernanda Consorte – economista

Fernanda lembra que era esperado algum tipo de crescimento – e que a discussão estava em torno se a retomada seria em  “V”, “W” ou “L”. “Passamos 2020, durante muito tempo, discutindo qual seria o formato. Aí chegamos em 2021 com alguma recuperação, mas o questionamento do nosso time de economistas aqui no Ourinvest é sobre o quanto duradoura será essa recuperação’, pontuou

Fernanda diz que por um lado o Brasil tem provado certa resiliência. Porém o índice de mobilidade nesta segunda onda da Covid foi muito superior a do no ano passado.

Para ela, a economia brasileira está em uma situação em que a pandemia está mais acentuada e o índice de mobilidade não teve uma queda tão intensa.

“Me questiono se há uma resiliência da economia brasileira ou simplesmente não foram praticadas as medidas de isolamento –  na medida que seria necessária e que, por isso, o Brasil não teve uma queda tão grande como no primeiro e segundo trimestre”, disse Fernanda.

Ela reconhece que houve uma surpresa positiva por parte dos indicadores econômicos e que será possível o Brasil crescer 5% este ano se tudo continuar dando certo até dezembro.

“O Brasil tem desafios enormes, até diferente do resto do mundo. A forma como o País está tratando a pandemia, o atraso na vacinação em meio a terceira onda da Covid além do calendário de eleição se aproximando, ainda dá menos espaço para discussões de reforma”, ponderou.

Fernanda acredita que um crescimento de 2% em 2021 parece  ser mais possível. “A gente vai crescer este ano 4%, 5%, mas sobre uma queda de 4% em 2020. A base de comparação no ano passado é muito baixa. Em 2022, devemos ter um cenário mais claro  com um crescimento em torno de 2%”, finalizou a economista.