Aulas a Distância x Atividades Presenciais – a pandemia
Por: Luís Bassoli*
√ O Decreto Municipal n.º 5.251, de 23 de fevereiro de 2021, diz que a rede pública municipal de ensino permanecerá
sem atividades presenciais até 30 de abril; a partir de 1.º de maio, as Secretarias Municipais de Educação e de Saúde avaliarão a possibilidade de retomada gradativa das atividades presenciais.
√ Quanto às escolas estaduais e a Etec, a retomada será feita de acordo com o cronograma do Governo do Estado.
√ Em relação às escolas privadas, a decisão cabe às suas diretorias – e não é obrigatório.
√ Diante disso, não houve consenso entre os colégios privados.
√ O Colégio Anglo Educativo está funcionando desde março.
√ O Colégio Pequeno Príncipe/COC retomou no dia 19 de abril.
√ O Anjo da Guarda anunciou para 03 de maio.
√ O Colégio Objetivo, por sua vez, adotou uma postura mais cautelosa, condicionou o retorno, em data de 10 de maio, a eventuais bons resultados nas avaliações diagnósticas, que passaram a ser semanais.
√ Há 15 dias, foi anunciada uma pesquisa, realizada pela USP, UFSCar, Univ. Fed. ABC e Instituto Federal de SP, que concluiu que professores que trabalharam presencialmente tiveram risco TRÊS VEZES MAIOR de desenvolver Covid-19.
√ A incidência entre os professores cresceu 138%, no período em que tiveram aulas presenciais, não obstante os protocolos de segurança.
√ A nossa Região permanece na fase vermelha; não há sinais de controle da epidemia, não há diminuição nos leitos de enfrentaria nem de UTI.
√ Cerca de 15% dos taquaritinguenses receberam a primeira dose da vacina e apenas 7% a segunda dose.
√ A taxa de letalidade da Covid-19, em nossa cidade, é maior que as médias da região, do estado e do País.
√ Nenhum colégio ultrapassou o número de 23% de funcionários vacinados com a primeira dose – e menos de 2% receberam a segunda dose.
√ Nesta semana, a Revista Veja publicou recente estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, uma das mais renomadas universidades norte-americanas, que concluiu que manter dois metros de distância, em ambientes fechados, não é suficiente para impedir a disseminação do coronavírus.
√ Num quadro de total descontrole do pandemia, do aumento da mortalidade, com pacientes cada vez mais jovens sendo intubados, é muito perigoso o retorno das aulas presenciais.
√ Não há protocolo que vença o ímpeto das crianças, que controle turmas de adolescentes, que elimine os vírus de todos os cantos do prédio, banheiros, salas de aula, mesas, carteiras, lápis, canetas, réguas, cadernos, computadores, celulares etc.
√ Pais e responsáveis estão longe do consenso, muitos receosos, com justificável medo de expor seus filhos, netos, afilhados.
√ O mesmo ocorre com os professores e profissionais da Educação, na grande maioria não-vacinados.
√ Cresce, pois, o movimento para exigir a VACINAÇÃO para todos os profissionais da Educação e de todos os alunos, independentemente da idade.
√ Voltariam, todos, vacinados e seguros, no 2.° Semestre de 2021, para reativar as aulas e atividades presenciais, sem riscos de adoecer.
* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).
**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!