Artigo: A solução é Solidariedade
Por: Rodrigo Segantini*
Meu trabalho pelo qual obtive o título de mestre é sobre Ética, mais especificamente sobre Solidariedade como princípio ético. Meu trabalho foi desenvolvido à Faculdade de Medicina de Rio Preto, uma das instituições de ensino na área de Saúde de maior conceito no país. Por isso, o momento em que estamos vivendo é quase meu trabalho acadêmico na prática.
Ética é o conceito ou o meio para estabelecê-lo sobre o que é o bem comum e, uma vez reconhecido isso, os métodos para alcançá-lo. O bem comum tem por fim a felicidade enquanto virtude, de forma que vise um propósito ou um bem cuja finalidade esteja acima de qualquer outra coisa e que justifique todas as outras.
Solidariedade, por sua vez, deve ser entendida como a circunstância que aprimora nossos laços a partir do reconhecimento da interdependência que há entre nós e de que todos somos imprescindíveis. Assim, Solidariedade como princípio ético é a necessidade da união de esforços de todos em torno de um conceito reconhecido pelos envolvidos na busca de algo que seja de interesse da coletividade em geral e dos indivíduos em particular. Não havendo solidariedade, ou seja, não havendo a adesão das pessoas em torno de uma causa, certamente a jornada pelo que se pretende alcançá-la estará fadada ao fracasso.
Atualmente, nada reclama mais pela solidariedade do que o enfrentamento ao novo coronavírus. Não é uma questão de quem está certo ou errado. Não é uma questão de política ou de partido. Não é o momento de buscar culpados ou de fazer acusações. É hora de todos tomarmos consciência que apenas unidos vamos conseguir vencer essa Mal que assola o mundo.
Não há alternativa: contra a covid e o coronavírus, temos que ser solidários. Compreendamos que o momento exige cuidados redobrados e sacrifícios que só valerão a pena se forem realmente cumpridos por todos nós. Temos que nos unir em torno deste propósito. Se não por nós mesmos, que seja pelas pessoas que amamos ou em memória daqueles que partiram. Sejamos solidários porque é o certo a ser feito, por questão de ética. É isso ou então teremos falhado miseravelmente como humanidade.
*Rodrigo Segantini é advogado, professor universitário, mestre em psicologia pela Famerp.
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