20 de dezembro de 2024
EconomiaGeral

Gastos com supermercado aumentam 28% entre março e dezembro no Brasil

O maior pico registrado no ano aconteceu em julho, com um aumento de 57%.

A Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, analisou dados de mais de 42 mil usuários do aplicativo em todos os meses de 2020, e constatou que os gastos com supermercado aumentaram 28% entre março, início da pandemia no Brasil, e dezembro. As despesas registradas com alimentação no último mês do ano para essa base de análise foram de R$ 3.725.368,89, enquanto o ticket médio foi de R$ 343,98. O mês que apresentou o maior pico de gastos nessa categoria foi julho, com um percentual 57% maior do que o total gasto em março.

Em março, os gastos registrados com supermercado tiveram uma queda de 13% em comparação com janeiro. Porém, a partir de abril, as despesas nessa categoria aumentaram com base nos dados da amostra Julho foi o mês com o maior pico de gastos com supermercado, registrando um percentual de 36% maior do que o do primeiro mês do ano e 57% maior do que o total registrado em março.

No segundo semestre do ano, as compras com supermercados continuaram maiores do que eram no período pré-pandemia, porém foram apresentando uma tímida queda mês a mês, terminando dezembro com um total de gastos 12% maiores do que em janeiro e 28% maiores do que em março.

“Conseguimos perceber com essa análise que em março, com toda a incerteza sobre a pandemia, os gastos na maioria das categorias foram reduzidos. Mas com as famílias passando mais tempo em casa, os gastos com alimentação aumentaram. Os preços dos produtos em alta também influenciaram este aumento. Nos últimos meses do ano, com mais flexibilidade sobre as medidas de isolamento, os gastos com supermercado apresentaram uma pequena queda, já que parte da população voltou a comer em restaurantes ou optaram por pedir refeições por delivery, por exemplo”, completa Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills.

Ticket médio

Apesar das variações com o total de gastos, o ticket médio por usuário não apresentou grandes alterações. Em janeiro, o ticket médio era de R$ 342,92. Em maio, mês do maior pico do ticket, a média era de R$ 424,68, o que equivale a um aumento de 24% em comparação com janeiro. Em dezembro a média de gastos registrados ficou em R$ 343,98, um valor muito próximo dos gastos registrados no primeiro mês do ano.

Em relação ao método de pagamento, 28,4% das transações estão associadas a um cartão de crédito.