5 de dezembro de 2024
Geral

Seu carro está preparado para pegar a estrada?

A chegada do final de ano, mesmo diante um cenário de pandemia, surge como um possível momento para algumas pessoas tentarem se desconectar de um ano tão intenso quanto foi 2020. Como saúde e segurança tornaram-se elementos indispensáveis este ano, a tendência é um aumento nas viagens de carro para evitar contato com outras pessoas. Mas atenção: é preciso ter cuidados específicos para esses deslocamentos. Para quem vai pegar estrada, por exemplo, é hora de verificar se está tudo em ordem com seu automóvel.

Para isso, reunimos dicas valiosas de Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell. Agora é hora de assegurar que seu veículo está em boas condições, seja porque ele ficou longos períodos parado ao longo deste ano ou por necessidade de realizar deslocamentos rodoviários mais longos nesse momento. Um check-up completo no carro é indispensável para a segurança de todos. A seguir, todos os itens e situações que devem ser verificadas antes de iniciar sua viagem.

Imagem de (Joenomias) Menno de Jong por Pixabay

Bateria

Responsável pelo funcionamento do sistema elétrico do carro, a bateria muitas vezes só é lembrada quando deixa o motorista na mão, como, por exemplo, depois de muito tempo de inatividade. Cheque regularmente se os cabos estão limpos e bem fixados nos polos. Com o tempo, a oxidação dos componentes da bateria formam resíduos que se acumulam nas pontas dos conectores. Preste atenção aos sinais. Se o seu carro está com problemas para dar partida, a luz dos faróis perde a intensidade ou o rádio começa a falhar, são indícios de que está na hora de trocar a bateria. Para evitar a descarga precoce, não esqueça faróis ou rádio ligados.

Combustíveis

Gasolina parada no tanque por muito tempo pode oxidar, um processo de envelhecimento normal causado pelo contato com o ar. Para evitar que este combustível danifique o motor e outras peças do carro, a dica é tentar abastecer o quanto antes, de preferência com combustível aditivado. “A marca Shell possui a família de combustíveis Shell V-Power que contam em sua composição com moléculas de limpeza que removem os resíduos que são criados tanto por sua combustão, como pela ação de oxidação do mesmo, muito frequente em veículos que ficaram longos períodos parados”, explica Pose.

O uso constante dos aditivados também é indicado, já que ajudam a limpar o motor de resíduos, protege e lubrifica as partes internas para que se movimentem mais suavemente, reduzindo o gasto de energia, além de auxiliar na sua performance e desempenho. Segundo Pose, “além dos benefícios a médio e longo prazo, no caso dos combustíveis aditivados da família Shell V-Power incluímos a tecnologia exclusiva Dynaflex, que entrega ainda mais performance e rendimento, agindo em altas e baixas rotações do motor, seja no anda e para das cidades ou na fluidez das estradas”.

Filtros

Todos os carros possuem três filtros básicos: de ar, de óleo e de combustível. Os carros com ar condicionado ainda contam com um filtro específico para este sistema e que, em tempos de pandemia, precisam de uma atenção especial, seja quanto a sua troca ou mesmo na utilização do sistema – neste momento o mais recomendável é utilizá-lo com a recirculação aberta, fazendo com que o ar dentro do carro sempre se renove.

O importante é saber que todos esses filtros têm a função de evitar que impurezas entrem no motor e cada um deles tem o seu próprio tempo para troca, mas em média, duram entre 10 mil e 15 mil quilômetros. Por isso, é importante verificá-los a cada revisão programada do veículo. Eles são baratos e fáceis de substituir, mas caso não estejam mais adequados para o uso podem causar grandes estragos no motor. Um filtro de combustível vencido, por exemplo, permite que impurezas cheguem ao sistema de injeção provocando falhas e redução do rendimento. Antes de pegar a estrada, cheque com um profissional se os filtros estão ok.

Freios

O fluido dos freios é um item importantíssimo no sistema de frenagem de qualquer veículo. É ele que transmite a pressão do pedal de freio para as rodas, desacelerando o veículo. Por isso, é fundamental que ele esteja sempre no nível correto. No entanto, o fluido absorve água ao longo de sua vida útil, que ferve com o calor dos freios, formando bolhas de vapor que danificam todo o sistema de frenagem. Para evitar esse tipo de problema, recomenda-se trocar o produto, em média, a cada dois anos ou conforme a indicação do fabricante. Se o seu carro possui freios ABS, verifique também o sistema eletrônico para se certificar que está tudo em ordem. Outro item indispensável para a correta redução de velocidade do veículo são as pastilhas, responsáveis por criar o atrito com o disco de freio. Sua troca depende muito da intensidade de uso, mas o ideal é seguir a recomendação do manual do veículo.

Óleo do motor

Ele lubrifica as peças e impede que os componentes metálicos sofram com o atrito, já que este desgaste pode aumentar a temperatura e levar o motor a fundir. Por isso, é muito importante fazer a troca periódica do óleo do motor. Antes de sair circulando, verifique se o nível do óleo do motor está dentro do recomendado pelo fabricante. “Aproveite que o veículo ficou parado e o óleo está em repouso para checar se o nível está adequado, mas antes certifique-se que o carro esteja em local plano. Caso contrário, a verificação pode ficar comprometida”, explica Pose.

É fundamental que o óleo do motor também esteja dentro do prazo correto de usabilidade para que todos os componentes permaneçam bem lubrificados, evitando desgaste das peças. “A troca do lubrificante é feita por quilometragem ou tempo, que gira em torno de 1 ano. Verifique se já não está no momento de fazer a troca, mesmo que o veículo tenha ficado parado e sem uso”, completa Pose. Mas atenção! Cada veículo exige um tipo específico de óleo, que pode ser mineral, sintético ou semissintético. Consulte o manual do proprietário para saber qual é o mais indicado para seu veículo. Usar um produto inadequado pode reduzir a eficiência do motor e gerar problemas sérios a longo prazo, já que ele não circulará corretamente pelas peças e fará com que funcionem sem a lubrificação adequada por alguns instantes.

Pneus

Cheque a calibragem dos pneus! Mesmo parado, eles podem murchar e comprometer a segurança ao dirigir. “O ideal nesse momento é fazer um balanceamento e também conferir o alinhamento para se certificar que os pneus estão em condições ideais de uso”, recomenda Pose.

Esse é um item fundamental que deve receber atenção periodicamente. Pneus bem calibrados e com o alinhamento e balanceamento em dia evitam o desgaste irregular e excessivo, além de prolongar sua vida útil. A cada 10 mil quilômetros, faça o alinhamento, o balanceamento e o rodízio entre os pneus. Calibre a cada 15 dias, conforme a pressão indicada pela montadora do seu veículo, com o pneu ainda frio. E atenção aos sinais de desgaste. Todos os pneus têm o chamado TWI (Tread Wear Indicator ou indicador de desgaste de rodagem, na sigla em inglês), que são pequenas elevações de borracha nos sulcos do pneu. Se o desgaste está próximo a estas marcas, troque-os o quanto antes, principalmente se for percorrer distâncias maiores do que vinha se deslocando até o momento.

Radiador

É o responsável por manter o motor do veículo refrigerado, evitando o derretimento de peças e seu mau funcionamento. Antes de sair de casa, certifique-se que a água do radiador está no nível correto indicado no reservatório e se não há nenhum vazamento. O indicado é que o motor trabalhe com temperatura na faixa dos 90°C. Em carros mais antigos, o recomendado é fazer esta checagem diariamente, com o motor ainda frio. Faça também uma limpeza no sistema de resfriamento com frequência e use água filtrada em proporção correta com o acréscimo de aditivos de boa qualidade. Nunca utilize água de torneira no radiador, ela contém sais minerais que se incrustam no motor, prejudicando sua refrigeração.

Velas

São elas que produzem a faísca elétrica que dá a partida nos motores a combustão. Em perfeito estado, elas ajudam no bom desempenho do motor e até influenciam no consumo de combustível. Se estiverem desgastadas, a performance do carro diminui e o consumo de combustível aumenta. Em média, os modelos convencionais duram entre 30 mil e 50 mil quilômetros, devendo ser inspecionadas a cada 10 mil. Preste atenção às trocas periódicas conforme a indicação do fabricante.