Nossa Palavra – Eleições municipais e a pandemia
A construção de um candidato a prefeito para as eleições deste ano exigirá muito mais que um discurso fácil com promessas milagrosas para problemas antigos.
A pandemia provocada pela disseminação do novo Coronavírus (Covid-19) tem invertido a lógica eleitoral, não somente com mudanças nas datas (15 e 29 de novembro) da votação e das regras que a assegura. O uso das redes sociais ganha ainda mais peso, mas, mesmo assim, não “existe receita pronta”, frase dita frequentemente pelos dirigentes partidários a respeito dos desafios de 2020.
A divulgação diária dos números do Covid-19 causa um grande impacto, ainda que os governos estaduais e municipais estejam flexibilizando as regras de isolamento social.
De acordo com estatísticas apresentadas, será preciso ficar atento para entender a pauta a ser seguida junto à sociedade e eleitores. Um desses temas, após o da saúde, é relacionado à retomada da economia e principalmente no combate ao desemprego.
Na disputa pela reeleição, não cabe uma caixa de promessas. O que estará em discussão é o desempenho da gestão. Isso muda quando se trata de um postulante de oposição, em que há liberdade maior para apontar os erros da atual administração.
Porém, no entendimento de especialistas políticos, o tempo de construção desse candidato no período da pandemia será muito menor. Ou seja, quem não estiver atuando em alinhamento com as agendas e demandas que o momento exige, está atrasado em seus pensamentos.
É preciso que cada candidato se preocupe muito com o conteúdo de qualidade e com as informações a serem repassadas. Ou então, pode dizer “adeus” à vitória nas urnas.