É a Economia, Rapá!
Por: Luís Bassoli*
No ano de 1992, um “bordão” marcou a eleição de Bill Clinton nos EUA: “It’s the economy, stupid!”, para enfatizar a importância da questão da Economia no cenário eleitoral. Em 1991, com a invasão do Iraque, 90% aprovavam George Bush; mas os erros do governo derreteram sua popularidade: no ano seguinte, a reprovação era de 64%.
O Brasil vive a sequência de crises:
- CRISE POLÍTICA de 2016, quando o senador Romero Jucá propôs o “com o Supremo com TUDO” para parar as investigações.
- CRISE MORAL com os retrocessos nos temas de Liberdade de Imprensa; Meio Ambiente; racismo entre outros.
- Após a eleição, veio a CRISE ADMINISTRATIVA, com a extinção dos ministérios do Trabalho; Cultura; Esportes; Indústria; Integração etc.
- Daí, a CRISE DE GESTÃO, com os fracassos dos ministros da Casa Civil; Secretaria-Geral; Educação; e do Sérgio Moro, que levou ao desastre dos órgãos de combate à corrupção (Coaf e CGU).
Em 2020, dá-se ainda a CRISE DA SAÚDE (covid-19).
Agora, se avizinha a CRISE ECONÔMICA, com a “debandada” da equipe do ministro Paulo Guedes. Deixaram os cargos: Mansueto Almeida (Tesouro Nacional); Caio Megale (Secretaria Especial); Rubem Novaes (Banco do Brasil); e o empresário Salim Mattar e o economista Paulo Uebel, assessores para privatização e reforma administrativa.
Juntando-se aos dados desastrosos da economia dos EUA, o reflexo não tardará.
Se as crises política, moral, administrativa e sanitária não sensibilizaram os progressistas a construir uma “frente ampla” contra o bolsonarismo, quem sabe a crise econômica seja o amálgama.
* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).