20 de dezembro de 2024
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Nossa Palavra – O bom prefeito

Segundo artigo publicado por Pedro Cavalcante, na SciELO, uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros, vale a pena ser um bom prefeito?

Os eleitores premiam ou punem os atuais ocupantes da Prefeitura com base na gestão fiscal. De um lado, pesquisadores argumentam que eleitores são desinformados e com pouco conhecimento político. Assim, os cidadãos tomam decisões eleitorais às escuras.

Por outro lado, defendem que, embora os eleitores possuam informações incompletas, suas decisões eleitorais são competentes, logo, premiando ou punindo políticos e partidos, de acordo com seu desempenho. 

De um bom prefeito – vamos tratar a palavra no masculino pela falta de um nome neutro – espera-se, em primeiro lugar, fidelidade ao seu povo. Essa fidelidade se expressa, principalmente, no cumprimento do programa de governo – obras e ações com que ele se comprometeu para sua cidade durante a campanha – ou ao menos, no cumprimento do programa de ação que explicou nos diálogos que teve durante o processo eleitoral.

De um bom prefeito se espera, também, que tenha capacidade acumulada para dirigir o município – experiência administrativa; liderança política; bom conhecimento dos assuntos contemporâneos da cidade; equilíbrio no enfrentamento de conflitos e crises; posturas de diálogo aliada à capacidade de decisão no tempo oportuno; paciência e disponibilidade para ouvir a população e os vereadores; tolerância quanto à diversidade de estilo das pessoas com quem trabalha; disposição para ter presença e vigilância contínuas no município; costume de trabalhar com planejamento e em equipe; coragem de dizer não.

Os tempos do município e dos prefeitos podem parecer sempre os mesmos, mas na realidade não o são. O que se espera de um bom prefeito ou de uma boa prefeita é que estejam à altura deste tempo atual, impulsionando políticas de democracia participativa e de inclusão social, sem deixar de ter as qualidades permanentes e essenciais de um administrador público que está lá para servir ao bem comum.

Que esse comentário acima sirva de lição aos futuros administradores municipais de Taquaritinga. E não apenas como leitura. Certo?