Câmara de Taquaritinga (SP) retoma discussão sobre uso de buzina por trens
O projeto apresentado pelo vereador Dr. Eduardo Moutinho, com regras para disciplinar o uso do apito por trens que passam por Taquaritinga, deverá voltar à pauta na sessão da próxima segunda-feira, 22 de junho de 2020. A tramitação foi interrompida no último dia 8, quando o vereador Gilberto Junqueira pediu vistas – prazo de dez dias para análise mais aprofundada do tema.
Entre as disposições da proposta, os maquinistas de locomotivas ficam proibidos acionar a buzina ao trafegarem pelo perímetro urbano de Taquaritinga no horário noturno, compreendido entre as 22h de um dia até as 6h do dia seguinte. Caso seja necessário, em casos especiais, o sinal sonoro poderá ser acionado e a razão da tomada decisão deverá constar de relatório.
Diante da repercussão do assunto na imprensa e nas redes sociais, o autor concedeu entrevistas nas rádios da cidade explicando os motivos que o levaram a tomar essa iniciativa. Segundo ele, moradores do entorno das áreas urbanas próximas a linhas férreas têm se queixado da poluição sonora que atrapalha o sono durante as madrugadas. É o caso do Jardim São Sebastião.
Dr. Moutinho afirmou que entende as alegações de que o apito do trem é uma forma de alertar sobre a aproximação e evitar acidentes. No entanto, ressaltou que Taquaritinga não tem passagem em nível, ou seja, locais em que veículos automotores precisam atravessar a linha, e acrescentou que a proibição se restringe ao horário em que os trabalhadores estão dormindo, quando também não há movimentação de crianças a caminho da escola.
Projeto idêntico foi aprovado por unanimidade pela Câmara de Matão e sancionado pelo prefeito no último dia 12. Outra cidade que tratou do assunto recentemente foi São Carlos, onde os vereadores – também sem nenhum voto contrário – concordaram com as argumentações do autor da proposta, no dia 9 deste mês.
Taquaritinga não conta com o serviço de trem de passageiros. A malha ferroviária é utilizada por composições de transporte de cargas.
Fonte: Assessoria de Imprensa CMT