18 de novembro de 2024
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Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada até 30 de junho

Objetivo é aumentar cobertura vacinal e imunizar 90% dos grupos; adesão está abaixo de 50% entre mães, crianças menores de 6 anos e adultos.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até o dia 30 de junho. O prazo inicial era sexta-feira, dia 5, mas foi ampliado com a finalidade de aumentar a cobertura vacinal e alcançar pelo menos 90% dos públicos prioritários.

Menos da metade das mães e crianças entre 6 meses e menores de 6 anos se vacinaram até o momento. Foram aplicadas doses em 1,3 milhão de crianças (44% do grupo), 186,3 mil gestantes (41%) e 36,2 mil puérperas (48%). Também há baixa procura pelas pessoas com idade entre 55 e 59 anos (36%), com 743,3 mil imunizados.

Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde faz apelo especial para que a população aproveite essa prorrogação e procure um posto.  “A vacinação é fundamental, especialmente neste momento da pandemia de COVID-19, pois ajuda a evitar doenças respiratórias causadas por gripes e resfriados que são mais frequentes nesta época do ano”, pontua a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.

Todos os que procurarem uma unidade básica de saúde e estiverem nos grupos previstos poderão receber a dose da vacina, que é segura e eficaz.

Balanços

A meta da campanha é vacinar 90% da população-alvo de 17,7 milhões de moradores de SP. Hoje, o percentual geral é de 81%, com variação de adesão entre os diferentes grupos.

A cobertura de vacinação atingiu 100% entre idosos (5,8 milhões vacinados); profissionais da saúde (1,4 milhão) e indígenas (6,5 mil). O grupo das pessoas com doenças crônicas também bateu a meta com 2,2 milhões de vacinados.

Também foram imunizadas 744 mil pessoas na faixa de 55-59 anos (36%), 239 mil professores, 17 mil doses aplicadas em pessoas com deficiência e 2,5 milhões de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis.

Mais de 212 mil doses foram aplicadas em pessoas do sistema prisional; 165,3 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 125,8 mil caminhoneiros; 76,9 mil profissionais de transporte coletivo; e 8 mil trabalhadores portuários.

Neste ano, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019. E as doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Ação deve reduzir suspeitas de coronavírus, que tem sintomas parecidos – Foto: Agência Brasil

Coronavírus

A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de COVID-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretario de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.

As equipes devem anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.

*Com informações do Portal do Governo do Estado de São Paulo