18 de novembro de 2024
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Saúde: Tratamento da esclerose múltipla no SUS terá menos efeitos adversos

Fumarato de dimetila será primeira opção de tratamento da doença no Sistema Único de Saúde.

Pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR) agora poderão encontrar no Sistema Único de Saúde (SUS) tratamento que apresenta maiores benefícios e menos efeitos adversos comparados aos demais já disponibilizados para a doença. O fumarato de dimetila agora será a primeira opção de linha de tratamento para esses pacientes. A medida entrará em vigor em até 180 dias, a contar da data de publicação da Portaria nº 65/2019.

O medicamento já fazia parte do tratamento para a doença no Sistema Único de Saúde (SUS), mas como segunda opção terapêutica. Anteriormente, era indicado para os casos que não apresentassem a melhor resposta ou que apresentassem falha a qualquer medicamento da primeira linha de tratamento. Contudo, estudos avaliados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) comprovaram segurança, benefício e custo-benefício do medicamento para o tratamento, também, como primeira linha.

Em termos de custo-efetividade e de impacto orçamentário, há expectativa de possível economia de recursos com a utilização do fumarato de dimetila em primeira linha terapêutica. Estima-se economia progressiva de até R$ 6,2 milhões nos primeiros cinco anos da incorporação.

Estima-se que haja cerca de 2,3 milhões de pessoas vivendo com esclerose múltipla no mundo. – Foto: VSRao/Pixabay

O que é?

A esclerose múltipla é uma doença que ataca as células nervosas do paciente, afetando principalmente o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Esta doença atinge adultos na faixa de 18 a 55 anos de idade, sendo mais comum em mulheres e pessoas brancas, levando a importantes consequências físicas e cognitivas, como dor, problemas com a visão, de equilíbrio e perda de força.

Estima-se que haja cerca de 2,3 milhões de pessoas vivendo com esclerose múltipla no mundo. No Brasil, sua prevalência pode variar de 1,36 a 27,7 casos por 100 mil habitantes, de acordo com a região. Em 2018, foram investidos mais de R$ 279 milhões para aquisição de medicamentos para tratamento da doença no SUS, atendendo 15.689 usuários.

* Com informações do Ministério da Saúde