Cientista com doença terminal será o primeiro Ciborgue do mundo
No ano de 2017, o Dr. Peter Scott-Morgan foi diagnosticado com uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica, doença essa que mata os neurônios responsáveis pelo controle dos músculos. Seu diagnóstico era de que ele sobreviveria apenas até o fim de 2019. Mas, Peter tinha outros planos.
O cientista encarou a doença como uma oportunidade de se tornar o primeiro ciborgue completo do mundo. O plano é se tornar “o organismo cibernético mais avançado já criado em 13.8 bilhões de anos”. Para isso, ele conta com seu conhecimento como PhD em robótica e engenharia e com parcerias de grandes nomes da tecnologia como Microsoft, Intel, Dell e até mesmo os estúdios responsáveis por Star Wars.
Após receber o diagnóstico, o cientista começou a pesquisar formas de “enganar a morte”. Sua história chamou atenção de algumas equipes de TV que pediram para fazer um documentário sobre o caso. Ele aceitou a proposta e em 2020 deve ser lançado o filme sobre sua nova vida de ciborgue. Isto fez com que ele conseguisse chamar atenção de mais pessoas que poderiam ajudar como empresas de tenologia e equipes médicas.
Em junho de 2018, uma equipe de cirurgiões realizou o que Peter chamou de “Tripleostomia” (Tripleostomy, em inglês). No procedimento foram realizadas uma gastrotomia (colocação de uma sonda alimentar), uma cistotomia (aplicação de um dreno na bexiga) e uma colostomia (colocação de uma bolsa para coletar as fezes fora do intestino). As cirurgias foram um sucesso e o futuro ciborgue ganhou um controle maior sobre o que entra e sai do seu corpo.
No entanto, ele ainda precisava resolver um dos problemas que mais afetam pessoas que possuem esse tipo de doença: a respiração. Muitos pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) desenvolvem pneumonia por aspiração, pois a saliva acaba parando nos pulmões.
Segundo o cientista, este era um problema da “engenharia desleixada” do corpo humano. Isso porque os canais que levam o ar e a comida (esôfago e traquéia) são unidos até certo ponto do trajeto. Então, para resolver o problema, Peter convenceu um dos cirurgiões da equipe a fazer a separação completa do canal que conecta a boca daquele que é conectado ao pulmão. O único problema é que para isso foi preciso remover a sua laringe e assim ele não poderia mais falar.
Mas falta de cordas vocais não impediu o cientista de se expressar, já que em parceria com a empresa CereProc, eles desenvolveram uma voz sintética capaz de ser expressiva e natural. Ela estará em combinação com uma poderosa Inteligência Artificial que fará com que o Peter ciborgue responda naturalmente (ou quase), da mesma forma que o cientista responderia a quem falasse com ele.
E por fim, como os músculos da face também são afetados, o cientista precisava de uma avatar que fosse tão expressivo como ele era antes da doença. Para isso, a mesma equipe responsável pelos efeitos especiais do último Star Wars (especificamente os que recriaram o rosto da atriz Carrie Fisher) escaneou a cabeça de Peter e capturou suas expressões faciais. E, assim como a voz, seu corpo receberá uma Inteligência Artificial capaz de reproduzir seus movimentos e expressões. Então, o avatar será exibido em uma tela montada no seu peitoral. No ínicio de novembro, todos os upgrades foram completos e o Peter 2.0 está pronto para a sua nova vida de ciborgue.