Confira as 3 maiores e mais criminosas farsas arqueológicas da historia
As descobertas na arqueologia são realmente incríveis, e algumas chegam inclusive a ter impacto na forma como entendemos o mundo e a evolução da sociedade. Porém alguns cientistas menos escrupulosos já tentaram forjar artefatos para entrar para a História.
A seguir você poderá conferir três das maiores fraudes arqueológicas do mundo:
- A sereia de Fiji
Não é raro vermos notícias sobre esta ou aquela equipe de pesquisadores que descobriu alguma carcaça sinistra ou filmou alguma criaturas bizarras no mar. Entretanto, em meados do século 19, o Dr. J. Griffin, um “pesquisador” inglês de suposto Museu Britânico de História Natural, apareceu em Nova York com o corpo de uma “sereia” que teria sido capturada próximo a Fiji e causou um verdadeiro furor.
Pouco tempo depois, um homem chamado P.T. Barnum dono de um museu e organizador de espetáculos convenceu Griffin a expor seu achado na Broadway e, efetivamente, multidões pagaram para ver a sereia. Contudo, logo se descobriu que o pesquisador inglês em realidade se chamava Levi Lyman, e que não passava de um “picareta”. Além disso, o tal museu britânico nem existia, e Barnum estava envolvido em toda a tramóia.
A suposta sereia era, na verdade, o esqueleto de um macaco (torso e crânio) costurado ao corpo de um peixe, tudo coberto com papel machê para dar à “composição” uma aparência cientificamente mais realista.
- A Tiara de Saitafernes
Toda em ouro e “pertencente” ao antigo rei grego Saitafernes, a tiara foi adquirida pelo museu do Louvre no dia 1° de abril de 1896 (atente para a data!) pela fortuna de 200 mil francos de ouro. O artefato de quase 18 centímetros de altura e mais de meio quilo trazia passagens da “Ilíada” e cenas cotidianas do povo citadas em sua superfície e, segundo os especialistas do museu, as gravuras confirmavam eventos ocorridos entre os séculos 2 e 3 a.C.
Tão pronto o Louvre anunciou a aquisição da tiara, um arqueólogo alemão contestou a autenticidade da peça. O pesquisador apontou divergências com relação ao estilo das gravuras e à falta de danos e sinais de envelhecimento, mesmo assim durante anos o museu defendeu seu tesouro. Isso até as notícias sobre esse debate chegarem à ‘Odessa’, que na época pertencia à Rússia.
Foi então que Israel Rouchomovski, um habilidoso ourives (pessoa que conserta e/ou vende artigos trabalhados em ouro, prata etc.) da cidade, contou que ele havia feito a tiara a pedido de um homem chamado Hochmann. Essa pessoa inclusive mostrou livros de história com os motivos que ele queria gravados na peça, e contou que se tratava de um presente para um amigo arqueólogo. Hoje a tiara se encontra exposta no “Salão das Fraudes” com outras oito Monas Lisas e é um lembrete de um enorme constrangimento sofrido pelo museu.
- A múmia de Rhodugune
No inicio do ano 2000, a descoberta de uma múmia com mais de 2,6 mil anos depois de um terremoto no Paquistão ganhou destaque internacional. Mas a tal múmia tratava-se do corpo de uma mulher, que se encontrava no interior de um sarcófago de madeira protegido por um caixão de pedra e usava uma coroa e máscara feitas de ouro. Os órgãos internos haviam sido removidos, e o cadáver havia sido envolto tal como as múmias egípcias.
Além disso, a “múmia” trazia uma placa de ouro no peito com inscrições que diziam que seu nome era Rhodugune, e que ela era filha do grande Rei Xerxes. Todas essas evidências levaram os arqueólogos a especular que a mulher podia ser uma princesa egípcia que teria se casado com um príncipe persa ou, ainda, que fosse filha de Ciro, o Grande, criador de um dos maiores impérios da História. A múmia estava à venda no mercado negro por US$ 6 milhões.
Contudo, ao investigar o corpo, uma nova história veio à tona. Os pesquisadores notaram erros gramaticais nas inscrições e peculiaridades na forma como a princesa havia sido mumificada. Por fim, exames de raios X e tomografias revelaram que o corpo da princesa era, na verdade, muito mais recente do que se dizia. Ele pertencia a uma pobre mulher, que especula ter sido assassinada para que o cadáver fosse usado em criação da farsa e rendesse muito dinheiro aos farsantes.