23 de dezembro de 2024
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Copo e sacola encontrados no intestino de tartaruga-verde mostram os riscos de poluir a água com plástico

Calcula-se que prejuízo para o ecossistema marinho seja de US$ 8 bilhões por ano. 

Uma tartaruga-verde morreu após encalhar em uma praia na costa brasileira. As imagens fortes foram feitas em 2012.

Inéditas, as fotos registradas da necropsia são usadas pelo biólogo Robson Guimarães dos Santos como forma de conscientizar a população sobre os riscos de jogar plástico no lugar errado.

Após o descarte, o material pode seguir diversos caminhos, mas, se não recebe o destino correto, é provável que provoque danos como a morte de um dos animais mais característicos da costa brasileira, como a tartaruga-verde

“A ingestão de plástico é hoje um dos principais problemas para a conservação das espécies de tartarugas marinhas tanto pela mortalidade direta como por todos os problemas crônicos decorrentes de sua ingestão, como contaminação por poluentes, por exemplo,”, diz o especialista.

Além disso, segundo Robson, um caminho importante seria programar um sistema de logística reversa para as empresas que produzem produtos que utilizem embalagem plástica, responsabilizando-as, assim, pela reutilização e destinação apropriada do resíduo.

Com intuito de diminuir a poluição, fazendo com que morram menos tartaruga e animais marinhos, e também não nos afete, pois, se engana quem pensa que só as tartarugas se alimentam do plástico que é jogado fora de maneira inadequada. Como o homem faz parte da cadeia alimentar, o plástico que contamina a água e afeta a biodiversidade marinha chega também à nossa alimentação.

“Como nós vamos lidar com este problema global nos próximos anos pode servir como um termômetro de nossas possibilidades de sucesso na mitigação dos demais problemas ambientais de escala global, como o aquecimento global e a crescente perda da biodiversidade”, conclui o professor.