22 de novembro de 2024
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Nossa Palavra – Um povo que gosta de festa

Desde os tempos de Capa Preta, passando por Lino Catarina (que não deu tempo do saudoso e brilhante promotor de Justiça Dr. Flávio Nunes escrever seu livro) e do romântico bandido Dioguinho, cuja história foi dissecada pelo falecido jornalista João Garcia (popular Sombreiro), em Ribeirão Preto, a história de Taquaritinga foi de festa. Somos um povo festeiro, já diziam nossos antepassados.
O cônego Lourenço Cavallini (de saudosa memória) captou de maneira genial essa tendência festeira na música do Hino a Taquaritinga que foi escrito em ritmo quase de samba. Parece que a cidade nasceu numa roda frenética de diferentes estilos musicais (até espaço para funk a população frequenta à vontade e sem discriminação). Quem é “de fora” não costuma errar: o Município não perde festividade.
Prova disso é o tradicional Trio Elétrico Batatão, que arrasta multidões pelos quadriláteros centrais de Taquaritinga. Mas não é de agora: a Cidade sempre se manteve no topo da onda em matéria de festejos de Momo. Os desfiles de rua, com Belo-Belo e companhia, ficaram gravados na memória dos que têm mais de 60 anos de idade. Isso sem contar os bailes no Imperial, Henrique Dias e Nipo Clube.
Não se sabe exatamente por quê, se o nosso povo gosta mesmo é de se divertir, porque se acabaram as festas nos clubes dos distritos e dos próprios bairros do Município. Também eram concorridos, embora de nível mais baixo, bailes no clube denominado Associação (Associação dos Funcionários Públicos Municipais) e na Vila São Sebastião, que faziam a alegria dos jovens moradores nas tardes domingueiras.
Desde então, todos os eventos marcados na Cidade têm a presença popular. De uns tempos para cá, entretanto, não se sabe se pelas crises de vacas magras que se abateu sobre os municípios, os festejos caíram nas agendas sociais, principalmente no mês da Festa da Cidade e poucos prefeitos tiveram a coragem de oferecer lazer e divertimento para a população. As festividades chegaram a cair no esquecimento.
Debaixo de um quieto, devido a saraivada de críticas que recebe pela metralhadora giratória da oposição (que não é tão oposição assim!), o prefeito de Taquaritinga promete reviver os bons tempos de ouro no mês de agosto. Inclusive promovendo o retorno dos shows musicais nas praças públicas e nos clubes da Cidade. Isso, sem dúvida alguma, faz bem para a alma popular, tão enfastiada com as atribulações que sofre.
Já que não pode dar obras prometidas – e nem por culpa dele, prefeito municipal, mas pelas circunstâncias, motivos e tantas razões que levaram o país a uma corrupção desenfreada jamais vista pela Nação. Os prefeitos desde então, temerosos de uma cassação ou até mesmo do xilindró ameaçador, pisaram no freio do desenvolvimento e até mesmo nos festejos que corria interior adentro. Foi pior que breque de boi.
Agora o chefe do Executivo taquaritinguense pretende trazer de volta o sorriso de volta no rosto da Cidade festeira, que é símbolo até da própria administração com a canção “As flores estão voltando”. Lógico que alguns irão dizer que preferem empregos. Sem dúvida. Como também preferem saúde e educação a mão cheia. Mas até o próprio Jesus Cristo oficializava no Evangelho, numa de suas parábolas, que “nem só de pão vive o Homem”, e isso já basta para dar o exemplo certo.
A Cidade não anda bem das pernas, todos sabem. Mas estamos no caminho certo, é o que interessa. Que a Câmara de Vereadores continue apoiando os melhores projetos do Executivo e mostrando os erros dos piores. Somente assim a população terá uma bússola a seguir nos próximos anos. Nunca se pode considerar o prefeito como um prefeito. Ele é tão somente apenas um funcionário público e deve se portar como tal.