7 de dezembro de 2024
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Nossa Palavra – A união faz a força

Quando o Executivo pede auxílio dos vereadores para tocar uma demanda para frente não está fazendo mais que conjugar esforços para enfrentar dificuldades passageiras. Enganam-se aqueles que pensam que o Poder Legislativo serve somente para arrostar as manobras do prefeito para atender alguns interesses individuais e nem sempre coletivos. Ao mesmo tempo em que fiscaliza os atos administrativos, o vereador representa o anseio da comunidade em seu propósito do bem comum.
Nem sempre o edil se caracteriza como fervoroso oposicionista ao Paço Municipal como se costuma generalizar nas cidades em desenvolvimento como em Taquaritinga, por exemplo. Extremamente conservadora, provinciana e pouco avançada nas questões sociais, o município peca, algumas vezes, nos aspectos políticos, quando considera um crítico sincero como algoz inimigo, pronto a dilacerar o fígado de quem está de plantão. A Câmara Municipal, como legítima Casa do Povo, representa os interesses da população e deve ser respeitada como tal. Não é inimiga do chefe do Executivo, é sua auxiliar nas principais demandas em favor da cidade.
Foi o que aconteceu na queda de braço entre a Prefeitura e os servidores públicos, representados pelo Sindicato respectivo. Até então, com esse pensamento (a de que os vereadores eram inimigos mortais), o município estava à beira de uma “guerra civil” (exagero à parte). Nesse sentido, loas devem ser tecidas ao vice-prefeito Luiz Fernando Coelho da Rocha, que estava viajando e chegou nos acréscimos do segundo tempo, não deixando o jogo ir para os pênaltis. Dono de um pensamento maior, ele foi protagonista por ter aproximado (de novo!) Executivo do Legislativo. Isso demonstra claramente que quando se tem vontade política tudo se consegue.
Os edis abraçaram a causa do funcionalismo municipal, fizeram sutis sugestões, acatadas pelos donos do poder, e quem realmente ganhou foram as massas populares – que estavam a ver navios. A partir do momento em que o prefeito Vanderlei Mársico se recusou a abrir mão de suas convicções (sabe-se lá por quais motivos) e o funcionalismo preferiu não arredar pé de suas reivindicações, só restou a alternativa democrática da Casa de Leis, que tem uma representação muito forte no município. Comandados por seu presidente, o vereador José Roberto (Beto) Girotto, os edis – como soe acontecer – escolheram o caminho do diálogo e, mesmo aqueles que torcem o nariz para o alcaide, deram a mão à palmatória.
O resultado, por assim dizer, decerto não foi aquele esperado pelos servidores públicos (esperava-se muito mais do Poder Executivo, mas o prefeito alegou problemas até de improbidade administrativa se desse o reajuste desejado). E como ninguém da população pretende ver nosso prefeito no presídio, acatou-se o mínimo oferecido por ele. Resta agora ao alcaide manter esses laços amigáveis com os vereadores, essa união desejável com as forças vivas da cidade, uma confraternização de interesses para o bem-comum da coletividade. E não só nas questões políticas esses braços dados são indispensáveis, o são também nas gestões administrativas e gerais, como acontecem nas demais cidades.
Antigamente aqui também era assim. Todavia, por conta de uma política partidária pérfida e rasteira criou-se tanta picuinha e fuxico que envolveu a população inteira. E o município foi ficando para trás, involuiu. Já que o pontapé inicial foi dado, vamos tomar conta do jogo. Jogar Taquaritinga para a frente, para a evolução e o desenvolvimento. Deixar de lado o provincianismo, o atraso, a mesmice. De nossa parte, nós,de O Defensor ,estamos prontos a estender as mãos e fazer a lição de casa se preciso for.