23 de dezembro de 2024
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Cautela: Quem está com dengue não pode tomar quais remédios?

Para tratar é necessário aliviar a dor e a febre. Porém, alguns medicamentos para esses sintomas podem causar reações graves em quem tem o vírus.

Alguns remédios não devem ser tomados por quem tem suspeita de dengue. Ora, um dos possíveis sintomas da doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti é o sangramento. E essa manifestação se agrava com a ingestão de medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina, por exemplo) ou anti-inflamatórios não hormonais.

As medicações contraindicadas

Segundo a infectologista Melissa Barreto Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a dengue em si não tem tratamento específico. “O que se faz é aliviar os sintomas, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso”, complementa.

A orientação para quem foi diagnosticado com a infecção é repousar, ingerir bastante líquido e não tomar medicamentos por conta própria, pois alguns deles podem tornar o quadro ainda mais perigoso.

Comprimidos que contém ácido acetilsalicílico, como a aspirina, são muito usados para, entre outras coisas, controlar dores e febre. Mas eles também são anticoagulantes. Ou seja, como o próprio termo sugere, impedem a coagulação do sangue, um processo do organismo que tampa vazamentos do líquido vermelho.

Ocorre que o vírus da dengue pode desencadear sangramentos internos. Isso, em conjunto com um remédio anticoagulante, aumenta a probabilidade de hemorragias perigosas.

Anti-inflamatórios não hormonais – diclofenaco e ibuprofeno, por exemplo – também devem ser evitados. Eles elevam o risco de sangramentos por provocarem irritação no estômago.

Quais remédios quem tem dengue pode tomar?

Para amenizar dor e febre, são receitados fármacos com paracetamol ou dipirona. “Eles são recomendados tanto pelo Ministério da Saúde como pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao perfil de segurança”, aponta Melissa.

Já para tratamento de enjoo e vômito, a infectologista sugere o uso de qualquer antiemético, como metoclopramida e bromoprida, por exemplo.

Mas não se esqueça: quem vai oferecer a melhor opção de acordo com características do indivíduo é o médico. Não deixe de pedir orientação a um especialista antes de consumir qualquer medicamento.