Nossa Palavra – Mãe é insubstituível
Neste lastro de tempo, com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, acompanhamos de forma admirável o evoluir da maternidade. A maternidade, como fé religiosa, é o alvorecer de uma nova vida. Sem dúvida, a natureza divina confiou às mães a missão de trazer em seu ventre um novo ser que, moldado à imagem do Criador, poderá calcar na contemporaneidade a mudança e a transformação que o mundo precisava.
Por isso, Deus criou a mulher, para ser flor e fruto e, dos frutos, multiplicar os seus filhos, biologicamente, para povoar a terra de irmãos. As mães nasceram a partir disso: deram à luz para mostrar que a vida se renova a cada manhã, uma flor que desabrocha a cada gota de orvalho que despenca ao nascer do sol. Entretanto, como tudo muda e se transforma até mesmo as mães deixaram de ser as guardiães das famílias, as protetoras dos lares. Com os tempos de vacas magras, as mães levantaram as cabeças e saíram ao trabalho. Deram a cara a tapa e hoje muitas disputam cargos outrora “masculinos” com homens machistas e muitas vezes “machões”: motoristas de caminhões, oficiais de bombeiros e até tratoristas.
Sexo frágil? Nem pensar. Foi-se o tempo das mulheres submissas (onde o homem era o “cabeça” da família). Chegou o tempo das mulheres avançadas, independentes – até economicamente escrevendo, que cuidam da própria vida. Continuam sendo mães, é claro, mas hoje são elas as responsáveis pelos filhos que deram à luz. Muitas não têm nem mesmo maridos que exercem a função de pais: são as mães solteiras que desenvolvem ao mesmo tempo as tarefas de pais e mães. E não ficam nada a dever ao sexo masculino. Continuam delicadas, sensíveis, amáveis e até mesmo românticas. Hoje, todavia, quando se comemora o Dia das Mães, os homens não verão mais a mulher à beira do fogão a lenha, de avental e lenço na cabeça, com vassoura na mão varrendo o chão de terra batida, cercada por uma penca de crianças subnutridas.
Verás uma mulher produzida, cabelos bem cuidados, de tablete nas mãos, roupas justas e reduzidas, altiva e sempre atraente. É a mãe moderna, que mostra a que veio sem desapegar dos filhos e filhas. Entretanto, contudo, com todas essas mudanças, elas prosseguem sendo mães, donas das maiores carícias aos seus bebês, mesmo depois de adultos. Quando se usa o desgastado clichê de que “mãe é mãe”, até mesmo a imprensa faz questão de se emocionar com os afagos de uma mãe. Por isso, este O Defensor não poderia deixar passar em branco tão dadivosa e festiva data. O Dia das Mães, portanto, é tão especial que até mesmo Jesus Cristo, filho de Deus Pai, escolheu vir ao mundo através de uma mãe, Imaculada Virgem Maria. Em que pese o tino comercial que a modernidade lhe emprestou, o Dia das Mães ainda conserva a ternura e simplicidade que as genitoras debitam aos seus pequenos.
Falar de mãe emociona muito, emociona tanto que o único palavrão que é um convite para a briga põe a mãe no meio. Portanto, nesta data não se esqueça da sua, seja ela pobre ou rica, branca ou negra, casada ou solteira. Dê um beijo nela, faça um carinho, abraça sua mãe como se fosse uma dádiva preciosa. E ela é: depois que sua mãe falecer, você conta para nós de O Defensor. Mãe é insubstituível!