23 de dezembro de 2024
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Ministério da Saúde interrompe distribuição de inseticida e compromete a realização de fumacê em Taquaritinga

O Demcove (Departamento de Controle de Vetores) de Taquaritinga informa que o Ministério da Saúde interrompeu, momentaneamente, a distribuição de inseticida aos municípios, alegando problemas em sua formulação pela empresa produtora. Com isso, comprometeu a realização do fumacê – que é a aplicação de veneno que mata o mosquito Aedes aegypti adulto. O fumacê é a nebulização feita por veículos.

A cidade contabiliza 259 casos confirmados clinicamente de dengue  em 2019. Existem, no entanto, centenas de outros casos suspeitos da doença e que estão sendo tratados como positivos em razão da suspensão das análises pelo Instituto Adolfo Lutz.

De acordo com o coordenador da pasta, Fabrício Araújo, enquanto a distribuição do inseticida não for normalizada, o município realizará os serviços com recursos próprios, com ações serão restritas aos bairros onde os agentes estão intensificando o combate ao mosquito.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que passa por um desabastecimento momentâneo do produto, em decorrência de problemas em sua formulação pela empresa produtora, o que causou vazamento de embalagens, além da sedimentação do produto, o que o inviabiliza para uso.

O Ministério da Saúde disse que a empresa produtora do inseticida foi informada dos problemas e recolheu 105 mil litros do produto, para testes e ensaios de qualidade. A previsão é que a empresa entregue, ainda neste mês de maio, o quantitativo recolhido.

O Ministério afirmou que não deixou de fornecer os insumos considerados estratégicos aos estados para controle de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. No ano de 2018, foram entregues aproximadamente 440 mil litros do produto em todo o país. Neste ano, para o estado de São Paulo, já foram enviados 50 mil litros.

A Secretaria de Saúde do Estado disse que acompanha a situação e a prioridade é enviar o inseticida para nebulização para as cidades que sofrem com epidemia.

As duas primeiras grandes epidemias em Taquaritinga ocorreram nos anos de 2010 e 2013, e consequentemente, os dois óbitos. Tivemos outras duas epidemias, em 2015 e 2016. Em 2016 o maior número de casos foi confirmado por critério clinico epidemiológico (houve um desabastecimento de kits laboratoriais para dengue no IAL).

O ano de 2017 foi atípico, com poucos casos e sem complicações.

Em 2010, o sorotipo circulante foi o tipo 1, e em 2013 conseguimos isolar o tipo 1 e o 4. Em 2016 tivemos novamente a circulação do tipo 1.

Na tabela 5 observa se que, tanto nos tipos de criadouros predominantes como nos bairros onde a transmissão se inicia, há uma heterogeneidade em sua distribuição, ou seja, a transmissão torna se bastante ampla e atinge extremos da cidade, o que geralmente resulta nas Epidemias.