22 de novembro de 2024
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Nossa Palavra – Caos municipal

Ao contrário do que dizem os correligionários do prefeito Vanderlei, não se trata de um carma espiritual esse que ele tem que pagar como chefe do Executivo. Nem mesmo foi mandinga que os adversários pincharam nas costas do mandatário do Município. As coisas vão de mal a pior na Prefeitura de Taquaritinga exatamente porque foram feitas erradas, sem controle e pior ainda: sem pensar no futuro que um dia chega. Os erros passaram de mão em mão sem que nenhum administrador público tenha mexido uma palha para botar o Município nos trilhos, fizeram ouvidos moucos inclusive para as advertências do Poder Judiciário que alertava para outras possíveis derrocadas.
Os desvarios de alguns não mediram consequências e deu no que deu. Hoje, não adianta culpar as forças (ocultas) do além, porque ocultas nunca elas foram, sempre estiveram às claras na maratona da Cidade que, isenta de fábricas de peso, trabalha com orçamento empobrecido e desequilibrado. Desde o começo do mandato parece que o Universo conspira contra o prefeito de Taquaritinga. Ledo engano. Logo de cara a população reagiu à compra intempestiva pela Prefeitura do prédio velho e alquebrado da Stéfani S/A, seguindo-se o fim das gratificações, do Cartão Alimentação, das 6 horas de trabalho, dos desvios de função. Delas todas, uma mais arrasadora foi esta última que funcionou, praticamente, como a gota d’água por sobre a gestão municipal.
Mexeu em todas as estruturas municipais desde o transporte até a merenda escolar. Sem motoristas à disposição, a Prefeitura perde sobremaneira principalmente nas áreas de saúde e educação e coloca a população inexoravelmente contra o prefeito da Cidade. Não adianta bufar, a hora é de consertar. E se o alcaide já consertou mundos e fundos, pode se preparar para mais uma batalha campal: ação de repetição indébito contra a taxa de sinistro do Corpo de Bombeiros de Taquaritinga. Especialistas estão dizendo que isso vai causar o maior dano ao erário público da história do Município. Extra oficialmente a reportagem deste O Defensor apurou que a Justiça local já determinou o pagamento a um munícipe por conta da taxa de sinistro. Outras ações já tramitam na Justiça.
O pior é que essas ações, conforme dizem os jurídicos, não dão direito a recurso por parte da Prefeitura, pois o Tribunal de Justiça (TJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiram sobre o caso. Norma de repercussão geral. Depois do “Fica Guri” – o governador Doria queria acabar com o projeto, mas voltou atrás por causa da pressão popular – está na hora de iniciar um “Fica Bombeiros” aqui em Taquaritinga. Com o fim da taxa de sinistro na cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a extinção da base do Corpo de Bombeiros no Município é iminente, o que seria lamentável. Com tantos “contras”, o governo Mársico/Coelho da Rocha prossegue derrapando e não sai do lugar. Até mesmo a coleta semanal de galhos foi suspensa pela administração municipal. Em sua fala de sábado (30 de março), na emissora de sua propriedade, o prefeito Vanderlei José Mársico foi categórico ao falar que a Municipalidade está sem motoristas e serventes de pedreiro e teria que suspender a coleta de galhos. E assim foi feito. E assim outras obras serão (ou continuarão) paralisadas.