17 de novembro de 2024
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Em Moçambique: mais de 500 casos de cólera já foram confirmados

Epidemia de cólera é uma das consequências da passagem do ciclone Idai.

Chega a 517 o número de pessoas diagnosticadas com cólera em Moçambique. A doença está se espalhando rapidamente após a passagem do ciclone Idai por causa das enchentes que ainda assolam o país. De sábado (30) para domingo (31), a quantidade de casos diagnosticados mais do que dobrou.

O diretor de Assistência Médica do país africano, Ussene Isse, confirmou a primeira morte dentro das unidades de saúde em função da doença. Na última quarta-feira (27), o governo local havia confirmado que cinco pessoas tinham morrido de cólera, sem dar maiores detalhes.

Governo e organizações internacionais agora focam seus esforços na prevenção da propagação da doença. Médicos chineses que trabalham na ajuda humanitária da população espalharam um produto químico em campos de desabrigados próximos a Beira, quarta maior cidade do país que ficou 90% destruída após a passagem do ciclone. O produto visa atacar a bactéria causadora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, aguarda a chegada de 900 mil doses da vacina contra a doença. Uma campanha de vacinação deve começar até o fim da semana.

A Organização das Nações Unidas pediu à comunidade internacional que envie ajuda humanitária aos países afetados pelo ciclone Idai. O Brasil enviou um grupo de bombeiros que atuaram na tragédia de Brumadinho para auxiliar nas buscas por desaparecidos na cidade de Beira. Além disso, o governo brasileiro também enviou equipamentos e anunciou a doação de 100 mil euros para ajudar a reconstrução do país.

O ciclone Idai atingiu Moçambique no dia 14 de março, deixando um rastro de destruição e mortes. De lá, ele seguiu para o Zimbábue e o Malaui.  O número de mortos já chega a 815 nos três países. Desse total, 501 vítimas morreram em território moçambicano. Depois da passagem do ciclone, os países sofrem com alagamentos que facilitam a proliferação de doenças.

A cólera se espalha pela água ou comida que tenham sido contaminadas por fezes com a bactéria causadora. Alguns sintomas são diarreia e taquicardia e o paciente pode morrer em poucas horas se não houver tratamento.

Fonte: Último Segundo