22 de dezembro de 2024
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Maternidade: cheiro do recém-nascido causa efeito narcótico no cérebro das mães

A natureza é sábia e sabe como obter a ligação mágica entre mãe e filho.

Foi comprovado cientificamente que o cheiro do recém-nascido provoca no cérebro da mãe um efeito narcótico, isto é, muito semelhante ao produzido por drogas. É viciante e não há quem se canse de cheirar seu bebê.

As mães se apaixonam por seus filhos logo após o parto e os hormônios da oxitocina têm muito a ver com isso. Além disso, a natureza faz com que o bebê cheire, de modo que, quando a mãe cheirar, sinta a calma, o prazer e a felicidade, para que ela não se canse de fazer e cuidar do bebê, aconteça o que acontecer.

Um estudo, realizado pela revista “Frontiers in Psychology”, acompanhou trinta mulheres.  Metade delas tinha acabado de ser mãe e a outra metade não tinha filhos. Elas foram convidadas a identificar vários odores e entre esses estava um pijama usado por um bebê. As mulheres cheiravam objetos com os olhos cobertos e os pesquisadores observavam o que acontecia em seus cérebros.

Aquelas que tinham acabado de se tornar mães rapidamente identificaram o cheiro do bebê e os níveis de dopamina no cérebro aumentaram (a parte do cérebro que está associada à recompensa). As mesmas áreas do cérebro eram ativadas quando cheiravam a roupinha do bebê ou quando cheiravam alimentos que lhes agradavam. Quando a dopamina é liberada no cérebro, a sensação é aproveitada assim como quando as drogas são usadas, embora, claro, no primeiro caso, seja natural e sem sérias conseqüências para a saúde.

É importante ressaltar que a natureza garante que o bebê e a mãe liberem hormônios suficientes para que, desde o momento do nascimento, a união seja criada. O principal hormônio é a oxitocina, conhecida como hormônio do amor. Logo após a mãe ter dado à luz seu corpo experimenta uma inundação deste tipo de hormônio, tanto que atinge os níveis máximos, mais do que pode alcançar em qualquer outro momento da vida.

Portanto, é a oxitocina, juntamente com a dopamina, que garante que tudo corra bem no vínculo entre mãe e bebê.