8 de dezembro de 2024
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Maternidade: descubra os sintomas, tratamentos e causas da hiperêmese gravídica

Alteração fisiológica é mais comum no primeiro trimestre da gestação, mas pode durar até a 20ª semana.

Por conta das alterações hormonais, a maioria das grávidas apresenta um quadro de êmese gravídica, ou seja, vômitos durante a gravidez. Essa é uma alteração fisiológica natural da gestante, que pode ser controlada com uma alimentação saudável e fracionada. Já a hiperêmese gravídica é o excesso de náuseas e vômitos durante a gestação, impedindo a gestante de comer adequadamente e atrapalhando a rotina.

Tanto a ênese quanto a hiperêmese gravídica são mais comuns no primeiro trimestre de gestação, mas dependendo da gravidade podem durar até 20 semanas. Até um 1,5% da população pode sofrer com a doença.

Causas – Tanto a êmese quanto a hiperêmese são causadas pelo hormônio HCG, que é produzido pela placenta durante a gestação, causando os vômitos. Por conta disso, é comum mulheres com altos níveis desse hormônio serem mais suscetíveis à hiperêmese, assim como grávidas de gêmeos, pois a placenta é maior e portanto produz mais hormônios. No entanto, pode ser que a uma gestante com níveis normais de HCG sofra hiperêmese, assim com uma grávida com altos níveis do hormônio não sofra – essa não é uma relação direta. Ela também é comumente relacionada com mulheres que sofrem de algum distúrbio psicológico, como depressão ou gravidez indesejada, mas não existem estudos que comprovem essa relação.

Sintomas – A grávida vomita tudo o que come, apresenta ganho de peso abaixo dos sete quilos ou emagrecimento, boca seca e tem uma constante sensação de fraqueza e mal-estar. A gestante também não percebe melhora no quadro nem mesmo com uso de medicamentos regulares para enjoo.

Buscando ajuda médica – Se a grávida perceber que os vômitos não passam, o melhor a fazer é procurar um médico obstetra, de preferência aquele que está acompanhando a gestação desde o início nas avaliações de pré-natal. Ele fará uma análise clínica do quadro e um exame de sangue, para entender a gravidade do problema e se houve um desequilíbrio eletrolítico (perda excessiva de sódio, potássio, cloro e outros minerais), comum em casos de desidratação. É possível que o médico também faça outros exames para descartar a possibilidade de outras doenças que têm o vômito como sintoma, como problemas na vesícula e até mesmo câncer. Tudo dependerá do histórico médico da gestante.

Pelo fato de a gestante não conseguir se alimentar por via oral sem vomitar, a recomendação é interná-la para que receba soro na veia e faça um jejum absoluto com acompanhamento médico. A medicação administrada por via venosa é a mesma usada para combater as náuseas da quimioterapia.

Complicações possíveis – Equilíbrio hidroeletrolítico e desidratação para a gestante, que podem acarretar em baixo peso e nascimento de bebê prematuro.

Prevenção – Não existem orientações específicas para prevenir a hiperêmese gravídica. No pré-natal, normalmente o obstetra recomenda uma dieta fracionada, evitando grandes porções e longos períodos em jejum, deixando de lado alimentos muito gordurosos e condimentados.