Mais consciente: China anuncia fim do uso de animais em testes de cosméticos
Um futuro com cosméticos livres de crueldade parece cada vez mais real na proporção que mais e mais países tomam medidas para proibir essa prática.
A China anunciou que os testes de cosméticos pós-venda no país não vão mais incluir animais. A organização internacional de bem-estar animal Cruelty Free International (CFI) aplaude a notícia como um “passo importante” para acabar com os testes em animais em todo o mundo.
No passado, a China era conhecida por testar produtos nacionais e internacionais em animais, depois de terem chegado ao mercado.
“Esta garantia das autoridades chinesas de que testes pós-venda em animais não são agora uma prática aceitável é um enorme passo na direção certa, além de uma notícia muito bem-vinda”, disse Michelle Thew, presidente-executiva da CFI, em um comunicado.
Ela acrescentou que, embora isso não significa que as empresas de cosméticos possam importar para a China imediatamente e serem declaradas livres de crueldade, a organização está “encantada” com o progresso do país.
“Esperamos que isso abra o caminho para a mudança completa da legislação atual, que irá beneficiar empresas livres de crueldade, o consumidor chinês, além de milhares de animais ”, continuou Thew.
A China tem dado passos em direção oposta aos testes com animais em cosméticos há algum tempo. Em outubro de 2018, o Instituto Nacional de Controle de Alimentos e Medicamentos anunciou que estava pesquisando “alternativas viáveis” para testes com animais em cosméticos, observando que o desenvolvimento e a pesquisa de métodos livres de crueldade eram uma das principais prioridades da organização.
No início deste ano, a Austrália aprovou um projeto de lei que proibia completamente os testes com animais em cosméticos. De acordo com a nova lei, a Austrália não vai mais considerar os resultados de testes em animais como evidência da segurança de um produto.
Isso significa que todas as marcas de cosméticos no país são obrigadas a mostrar a eficácia e segurança de seus produtos sem o uso de animais.
O movimento foi elogiado pela ONG que atua pelo bem-estar animal Humane Society International. Hannah Stuart, gerente de campanha da ONG, disse que “Esta proibição reflete tanto a tendência global de acabar com a crueldade dos cosméticos quanto a vontade do público australiano, que se opõe ao uso de animais no desenvolvimento de cosméticos”.