23 de dezembro de 2024
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Prevenção: fique atento aos sinais do corpo que podem indicar o câncer do intestino

Em todo o mundo, o câncer de cólon e reto é a terceira neoplasia maligna mais diagnosticada e a quarta principal causa de morte por câncer.

O Brasil registra, a cada ano, 36,3 mil novos casos de câncer de cólon e reto (também chamado de câncer do intestino ou colorretal), segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). São 16,83 casos novos a cada 100 mil homens e 17,90 para cada 100 mil mulheres. É o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres.

Os números do câncer de cólon e reto não chamam atenção apenas no Brasil: no mundo inteiro, é a terceira neoplasia maligna mais comumente diagnosticada e a quarta principal causa de morte por câncer. No Brasil, em 2015, foram 8.163 óbitos por câncer de cólon e reto em homens e 8.533 em mulheres. É por isso que no País, neste mês, foi estabelecido o Março Azul-marinho, de conscientização e alerta para a doença.

Diagnóstico e tratamento gratuito – Para descobrir o câncer colorretal em uma fase inicial (essencial para começar o tratamento o mais cedo possível), recomenda-se que pessoas acima de 50 anos façam, anualmente, o exame de sangue oculto nas fezes. Para fazer o exame, basta procurar um ambulatório, posto ou centro de saúde mais próximo para que um médico faça a solicitação.

O Sistema Único de Saúde conta, atualmente, com 288 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital especializado em oncologia, que oferece aos pacientes desde exames até cirurgias complexas. Confira aqui os estabelecimentos especializados em cada estado.

A alimentação saudável é uma arma contra o câncer colorretal e inclui o consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes – Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Sintomas e fatores de risco – Alguns sintomas do câncer colorretal merecem atenção, segundo o Inca: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); e massa (tumoração) abdominal.

No entanto, independentemente dos sintomas, é fundamental e imprescindível que o paciente busque acompanhamento profissional médico. Afinal, esses sinais também podem indicar hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros problemas não relacionados ao câncer.

Os principais fatores de risco relacionados ao câncer do intestino são:

  • Idade igual ou acima de 50 anos
  • Excesso de peso corporal
  • Alimentação não saudável (pobre em frutas, vegetais e fibras)
  • Consumo de carnes processadas
  • Ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas por semana)
  • História familiar ou pessoal de câncer de intestino
  • História pessoal de câncer de ovário, útero ou mama
  • Tabagismo
  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Doenças inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn)
  • Doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar e câncer colorretal hereditário sem polipose
  • Exposição à radiação ionizante, como aos raios-X e gama

Prevenção – A alimentação saudável é uma arma contra o câncer do intestino. Portanto, deve-se buscar a ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados. Isso inclui o consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. “Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal”, esclarece o Inca.

Fonte: Governo do Brasil, com informações do Inca e do Ministério da Saúde