Nossa Palavra – Vai da valsa
O Carnaval não vai ser de muita folia para a equipe do governo Mársico/Coelho da Rocha. Emparedado entre os 10 dias concedidos pelo desembargador da Justiça para o retorno dos cargos que foram desviados de suas funções nos últimos 30 anos no Paço Municipal e o Cartão Alimentação, retirado abusivamente dos servidores aposentados, o chefe do Executivo foi pego de calças curtas por sentenças judiciais nunca antes pensadas pela administração. Doravante é melhor pensar antes de fazer.
Não será anormal dizer que o prefeito atual, Vanderlei José Mársico, não tem nada a ver com os prejuízos causados ao funcionalismo público por maus administradores. Pelo contrário, só queria ajudar. Na função pública, todavia , se o mal não é cortado pela raiz, acaba mostrando sequelas. E sequelas existem ao extremo em qualquer prefeitura do país, onde o prefeito é frito e degustado com farinha. É o caso de Taquaritinga, que esta semana está respirando com mais fôlego por conta do Trio Elétrico Batatão e da Jardineira da Tarde, cordão antropofágico inventado pelo jornalista Augusto Nunes. Nos bastidores da política, contudo, os corações batem fortes por causa da sequelas advindas das decisões da Justiça contra o prefeito Vanderlei. 3900
Não seria improvável até um afastamento do cargo, coisa que nos parece meramente fantasiosa por parte do Paço José Romanelli. Mas tudo é possível no quartel de Abrantes. Nosso Carnaval é o melhor e mais democrático da região, mas nossa gestão pública está aquém do que se esperava. A administração municipal ainda não deu o ar da graça. Vem patinando como se estivesse sobre cascas de banana. Ainda bem que a folia de Momo caminha com (ou sem) Prefeitura, ainda mais agora com a fundação da Liga das Escolas e Blocos, que terá uma função já primordial: cuidar da distribuição de verbas.
Nada da Municipalidade ficar responsável pela partilha de recursos, quem fará essa divisão é exatamente a Liga. Deixem a Prefeitura cuidar de problemas (e não são poucos!) mais importantes. Afinal, governar é escolher prioridades. Não que o lazer e o divertimento do povo não seja importante. O é dentro de uma linha tênue de Cultura, que traz consigo o folclore e o misticismo. Senão ficará parecendo aquela máxima do império romano: pão e circo. Não cremos que o prefeito Vanderlei Mársico tenha preferência para essa fantasia (embora o momento inspire justamente fantasia). E nos recusamos a vestir a roupa de palhaço a que estamos expostos. Brincaremos o Carnaval vestidos com roupas comuns, no máximo de Mulher Maravilha ou de Super-Homem.
Não podemos nos dar ao luxo de gastar rios de dinheiro numa economia “quebrada”, onde as burras municipais estão mais vazias do que carteira de aposentado no final do mês. É preciso contenção, rigidez nos gastos (agora ficamos sabendo o porquê muitos falavam que o dinheiro da aquisição do prédio da Stéfani S/A estava sendo mal aplicado. A dúvida persiste até hoje.).Vai fazer falta, podem crer. Como o próprio alcaide diz: Prefeitura não fabrica dinheiro.