Sem condições: pais de alunos contestam a estrutura física da escola Modesto Boher
Depois de muita polêmica, Prefeitura instala banheiros “luxuosos” no estabelecimento de ensino
Uma queda de braço aconteceu na volta às aulas entre pais de alunos, vereadores e o prefeito Vanderlei José Mársico por conta da estrutura física da Escola Modesto Boher, localizada no Jardim Bela Vista. Lá, segundo algumas mães mais revoltadas, as paredes estão com fundas rachaduras e os sanitários apresentam os mesmos problemas do passado. Os banheiros químicos que “quebravam” o galho para as necessidades fisiológicas de meninos e meninas, inexplicavelmente (?) foram retirados do local e a escola ficou desguarnecida.
A revolta era muita por tamanho desleixo e alguns vereadores que lá estavam tiveram que conter pais de alunos que se exaltavam com a presença do chefe do Executivo e poderiam chegar às vias de fato. Nem a presença do diretor de Obras, engenheiro Luiz Carlos Lourençano, e da secretária de Educação, professora Neide Salvagni, nos microfones da emissora de propriedade do chefe do Executivo, acalmou os ânimos entre os próprios vereadores que apóiam ou não a administração Mársico/Coelho da Rocha.
O alcaide justificava que a construção do prédio foi mal feita, inclusive por sobre um aterro, há cerca de 20 anos, exatamente por onde passava uma galeria de água subterrâneo. Foi em vão. Os protestos aumentavam e a secretária de Educação houve por bem suspender as aulas na Escola Modesto por dois dias enquanto eram feitas reuniões entre pais, professores e a Prefeitura para decidir qual o caminho a ser tomado. Ao invés dos banheiros químicos, foram instalados banheiros mais “luxuosos”, que vão direto para a rede de esgoto.
A questão, no entanto, se prolongou até a sessão ordinária da Câmara na noite de segunda-feira (4), com os vereadores preocupados com o problema até então resolvido pela metade. Apesar da dramaticidade do tema, a discussão teve até lances hilários, quando o vereador e ex-presidente da Casa, Rodrigo de Pietro exclamou que Marcos Marona (o popular Bonilla) parecia até aquele personagem do filme “Titanic”, que tocava violão enquanto o navio afundava. A risada na Câmara foi geral. Mas na quarta-feira (6) as aulas foram retomadas com tranquilidade na Escola Modesto Boher. Pelo menos por enquanto.
Até ocorrência na Polícia – Na manhã desta segunda-feira (4), alguns pais de alunos da escola Modesto Boher se reuniram e compareceram à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) contra as condições da instituição de ensino, que deveria ter retomado as aulas neste dia 4 de fevereiro.
De acordo com os genitores, as paredes da escola estão comprometidas e sem estrutura física para as crianças frequentarem o local.
Vale dizer que não há laudo constatando a precariedade das paredes, porém, durante o período de recesso, nenhuma melhoria foi feita para o retorno das aulas.
