Prefeito Vanderlei desabafa: ‘Eu sou gestor. Se não está bom, põe um político’
Em entrevista ao âncora Édson Cândido, na manhã de terça-feira (29), na Rádio Canal Um FM, o prefeito de Taquaritinga Vanderlei José Mársico, em tom de desabafo, rebateu as farpas que têm recebido de algumas alas da Câmara e da própria população e criticou de forma exacerbada o que ele chamou de “Os 3 patetas e parte do Sindicato dos Servidores”, atualmente presidido por Maria Angélica Tiossi Boher.
Mársico também colocou em xeque as redes sociais e alguns partidos “mais radicais”, ele citou nominalmente o PDT (Partido Democrático Trabalhista), liderado pelo jovem Caio Forcel, e indiretamente, o PSOL que o tem puxado as orelhas no facebook de modo constante. O PDT por ter aderido à campanha dos servidores da Enfermagem pelas 30 horas semanais.
“Eu sou gestor e não político”, afirmou o chefe do Executivo. E desabafou: “Se não está bom assim, põe um político no meu lugar”. O prefeito não se fez de rogado ao declarar que não pode “sacrificar dois mil funcionários por causa de 150 que tem segundo emprego”. E foi categórico: “Não é justo que quem trabalha oito horas ganhe igual ao que trabalha seis horas”. Mársico fez questão de reiterar que não vai governar para “os 3 patetas e uma ala do sindicato”, que teria de trabalhar para todos, meteu o pau nas redes sociais, “que só fazem estardalhaço” e foi taxativo: “No governo anterior o prefeito era médico, o vice era médico, e Taquaritinga foi classificada como pior saúde da região”, salientou o prefeito.
Dizendo que às oito horas foram implantadas há 25 dias e já estão fazendo um cavalo de batalha, não esperaram nem a poeira assentar, Vanderlei Mársico disse que a partir de agora vai entrar mudo e sair calado das repartições públicas, pois só tem recebido críticas destrutivas. “É justamente a minoria quem está fazendo barulho e estardalhaço”, afirmou.
Mársico não arreda pé de sentenciar que seu governo já pagou 23 milhões de dívidas passadas e assim mesmo não faz politicagem barata. “Não estou aqui para prejudicar a vida de ninguém, jamais assumiria a Prefeitura para ferrar (sic) alguém”, argumentou o prefeito. Ele afirmou com certeza que “90% dos servidores são ótimos, mas afirmo que a saúde em Taquaritinga tem muitos vícios, por isso a vida do funcionalismo está tão bagunçada”. O chefe do Executivo falou que sua proposta era de modernizar a cidade, mas “passei a governar aos trancos e barrancos”. Falou que passaram da democracia para a anarquia.
Ao criticar uma ala do Sindicato dos Servidores e da Câmara de Vereadores, o prefeito demonstrou que eles “misturam ambição pessoal com pretensão política”. O alcaide foi curto e grosso quando falou também sobre desvio de função: “São mais de 400 funcionários na Prefeitura de Taquaritinga”, sublinhou, declarando que vai fazer uma campanha pela adesão às seis horas com salário reduzido aos funcionários municipais que desejarem.
“Assim, a parte salarial dos que trabalham só seis horas eu reverto para aqueles que estão trabalhando oito horas” garantiu o chefe do Executivo.