Brumadinho: animais agonizando são mortos a tiros
O abate somente é efetuado em último caso, quando os animais estão em estado terminal. Ação se tornou alvo de polêmica nos últimos dias.
Ao menos um dos helicópteros que sobrevoavam Brumadinho no início da semana, não estava ocupado apenas em encontrar sobreviventes ou apoiar na retirada de corpos. A missão era executar, com tiros, animais ilhados, presos ou feridos na lama do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, da Vale.
O abatimento de animais a tiros pela aeronave da Polícia Rodoviária Federal se tornou alvo de polêmica nesta terça-feira (29). Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, o sacrifício é feito normalmente com injeção letal, mas outros métodos estão sendo utilizados devido à dificuldade de acesso aos animais, sobretudo vacas e aves.
O sacrifício dos animais ocorreu numa área próxima do local onde mais de 20 brigadistas tentavam abrir um ônibus coberto pela lama, com vítimas dentro. Há muitos bois ilhados ao longo de todo o trecho da cidade que foi varrido pelo barro. O tenente informou que 26 já foram resgatados e levados para duas fazendas, onde recebem atendimento veterinário. Há ainda animais presos na lama que estão recebendo água e comida enquanto aguardam o resgate.
Aihara afirmou que os animais abatidos apresentavam fraturas ou perfurações que tornaram impossível o salvamento.
De acordo com as forças de segurança, o resgate e o abate de animais está sendo acompanhado por veterinários, inclusive alguns cedidos pela Vale e pelo Ibama.