Hipnoterapia: como funcionam as sessões?

Sou bastante abordado por pessoas querendo saber sobre meu trabalho, principalmente pela hipnose ainda gerar certo receio em muita gente. Entendo que os motivos são bem óbvios, a maioria imagina que será dominada mentalmente e perderá o controle da situação, dando ao hipnoterapeuta o poder para fazer o que quiser em sua mente.Por isso, resolvi tirar algumas das principais dúvidas, e falar com base nas “minhas” abordagens e experiências diárias.

Falando sobre a estrutura das sessões, que é um dos questionamentos que recebo. Um bom modelo de amostra seria: 1 – Entrevista / 2 – Indução ao relaxamento (ou transe) / 3 – Aprofundamento / 4 – Sugestões ou metáforas / 5 – Saída do relaxamento (ou transe). Muitos hipnoterapeutas seguem este roteiro à risca já na primeira sessão, seguindo assim por todas as sessões. Porém, minha abordagem é um pouco diferente, pois valorizo mais a anamnese (entrevista) do que o próprio processo hipnótico. Entendo que é muito importante a pessoa aprender como funciona seu próprio mapa mental, e claro que para isso, preciso entrar neste mesmo mapa e compreendê-lo. Esta compreensão fará com que ela perceba ainda mais o que estará sendo feito no momento do processo de relaxamento. Lembrando que é uma terapia, onde muitas vezes, a pessoa só precisa ser compreendida sem julgamentos, e buscar entender qual o melhor caminho a seguir e, não necessariamente, passar pela hipnose.

– Qual a vantagem em fazer uma terapia com hipnose? Esta é uma das principais perguntas e é ótima. A verdade é que só se trata com hipnose, aquilo que se trata também sem hipnose. A vantagem é que em estado de hipnose, conseguimos acessar facilmente áreas mais profundas da mente subconsciente, onde estão todos nossos padrões de crenças, merecimentos, hábitos, mágoas, medos, memórias de longo prazo, etc… Permitindo assim, realizar a ressignificação e mudança que seja necessária de forma mais rápida e prática. Resumindo, a vantagem é a potencialização do resultado, porém, não é a hipnose que faz isso, é a técnica de condução do terapeuta junto com a colaboração do cliente. Reforçando que apenas a ‘hipnose não é a terapia’, e sim apenas uma ferramenta utilizada no processo.

– E se eu não entrar em transe? O único bloqueio para que alguém não entre em transe é o MEDO, pois o transe é uma atitude mental, onde a hipnotizado está completamente no controle da situação. Na clínica, onde explico detalhadamente como é o processo, não há motivos para se bloquear e com certeza a pessoa acessará o transe no momento necessário, mas, se ainda assim houver bloqueio, tratamos da mesma maneira utilizando outras ferramentas, como por exemplo, a PNL (utilizo muito esta ferramenta em conjunto com a hipnose).

– Hipnose tem alguma ligação com religião? A resposta é NÃO! Hipnose é um estado de super foco e concentração para atingirmos um objetivo, simples assim.

Sobre as sessões, estas são as dúvidas que mais percebo das pessoas que me procuram. Claro que, cada caso é um caso diferente, por isso “eu” não me apego a roteiros e receitas prontas. O que realmente importa é o que diz a frase final:

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana” Carl G. Jung.