Unesco estima que reconstituição de acervo do Museu Nacional será onerosa
Prédio pegou fogo no início do mês de setembro.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou que a reconstituição do acervo do Museu Nacional será “longa, cara e dolorosa”. Ainda assim, a organização, que conta com o apoio de doadores estrangeiros, não tem certezas sobre o que será possível recuperar.
O prédio do museu no Rio de Janeiro pegou fogo no início de setembro e obteve repercussão internacional. Na ocasião, estimou-se que o fogo teria levado à perda cerca de 20 milhões de peças de seu acervo.
Naquele momento, foi então enviada ao Brasil uma missão da Unesco, cujo objetivo era avaliar a situação e começar a montar um plano de recuperação. A princípio, a estabilidade estrutural será colocada como prioridade e uma espécie de abrigo para o prédio do museu será criada. Outra parte do plano de ação é o resgate de artefatos dos escombros e reconstituir as coleções por meio de empréstimos e doações de outros museus espalhados pelo mundo.
O projeto ainda irá desenvolver planos de emergência para outros museus no Brasil. Nos últimos dez anos, oito prédios de porte histórico entre museus, teatros e institutos nacionais foram vítimas de incêndios.
Mais de onze países já anunciaram disponibilidade para ajudar, incluindo a Suíça, Alemanha, Itália, Portugal ou EUA. Eles indicaram que poderão emprestar coleções com itens similares ou “oferecer apoio que vai desde especialistas técnicos à contribuições financeiras”. O governo de Berlim, por exemplo, ofereceu 1 milhão de euros para os trabalhos.
Um mês após o acidente, a reconstrução do Museu Nacional foi estimada entre R$ 50 e R$ 100 milhões de reais.