21 de novembro de 2024
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Artigo: Até quando, CPFL?

Por: Leonardo Oliverio

Nesta semana fiz um trabalho diferente. Acompanhando as reclamações generalizadas e a tentativa de ação dos diversos entes públicos, resolvi também dar minha contribuição.

No entendimento deste autor, a Companhia Paulista de Força e Luz vem, ao menos aparentemente, renegando Taquaritinga a um segundo plano, jogando a qualidade de serviço a níveis alarmantes. Inúmeras são as reclamações nas rádios e jornais locais sobre falta de energia nos comércios e residências, locais com necessidade de reparo de iluminação pública e, talvez mais sério dos casos, o poste defronte a APAE que estava em dúvida se ficava em pé ou caía, colocando em risco a vida das pessoas que por ali passam diariamente. Esta sensação de baixa qualidade de serviço prestado se reflete em TVs e rádios fora do ar (alguém ficou sem assistir o futebol ou a novela nos últimos dias?), em razão das sucessivas quedas de energia sendo que o período chuvoso mal se iniciou, sensação de insegurança devido à iluminação que não é reposta e também em situações de risco iminente à vida com a falta de reparos nos postes.

A concessionária possui, é verdade, uma série de canais para atender as necessidades dos consumidores e da população em geral. Via telefone ou internet, o cidadão pode abrir reclamações sobre falta de energia, reposição de lâmpadas e outros serviços. A reclamação, entretanto, é que muitas vezes o tempo de atuação é elevado ou o pedido é simplesmente ignorado, o que acaba deixando a população na mão. Um exemplo claro da lentidão na resolução dos problemas é o reparo de iluminação pública: Em 25/09 abrimos um chamado de reparo de iluminação pública com a intenção de mapear a resposta da empresa. O prazo que nos foi passado é de 7 dias corridos. Passado o prazo, sem a execução do reparo, acionamos a Ouvidoria e simplesmente não obtivemos retorno. A efetiva manutenção ocorreu apenas nesta semana (22/11), e apenas em razão desta atuação mais enfática que realizamos.

Partindo pra ação – Aproveitando a Moção de Repúdio proposta pelo vereador Marcos ‘Bonilla’ e subscrita pelos demais vereadores na última sessão legislativa, fiz contato com a CPFL na última terça-feira (20) elencando todos os pontos que são objeto de reclames da população e pedindo um posicionamento oficial acerca do assunto. Neste momento, aproveitei-me do medo natural que é gerado pela participação da imprensa, e fiz questão de citar que rádios e TVs permaneceram fora do ar em razão das sucessivas falhas no fornecimento de energia nas torres de transmissão e que esses veículos estavam citando a péssima qualidade do serviço prestado.

Sendo prontamente atendido, a Assessoria de Imprensa da CPFL pediu um prazo para responder todos os questionamentos, o que é natural. Como num passe de mágica, TODOS os pedidos mencionados começaram a ser atendidos nos mais variados pontos da cidade. Muitas lâmpadas trocadas, linha de energia que liga as torres de transmissão de rádios e TVs sendo revisadas e por aí vai. Na noite desta quinta (22) quem estava pela Av. Paulo Roberto Scandar pôde ver carros da concessionária reparando todas as lâmpadas daquele local, conforme consta em nosso pedido. Na manhã desta sexta-feira (23), talvez a mais importante das manutenções havia sido executada: o poste defronte a APAE havia sido removido.

Mais do que o atendimento de nossas demandas, que foram pontuais, nosso interesse é que a CPFL trate Taquaritinga de uma forma mais adequada, respeitando sua população, que por sua vez nunca se furtou a pagar corretamente as tarifas que lhe são impostas. É nosso interesse também que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), sendo uma agência reguladora do setor, responda aos questionamentos que fizemos no sentido de manter olhos abertos para a qualidade do serviço prestado pela concessionária local.

Na foto, o que resta para a posteridade: o buraco onde antes existia o poste.

O outro lado – A CPFL foi contactada na terça-feira (20/11), pediu uma série de informações dos problemas mencionados neste artigo, mas até o momento não nos enviou um posicionamento oficial. Atualizaremos em caso de resposta.